quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Que antes eu já conheçia...

Conheci um homem. Eu já o conhecia.
Não que tivesse notado seus cílios curtos nos olhos cerrados.
Não que tivesse notado sua única mão ao volante.
De rabo de olho, notei seu tom de pele e a pouca semelhança congênita.
O 'r' arrastado do seu 'forte'!
A aptidão aos filmes, músicas, filósofos, livros... Todos eles bons.
Bons os teus conhecimentos, discernimentos. E o meu nível, treze a menos.
Silencio então.
Absorvo, para entender teus discursos coerentes e me fogem as palavras.
Fica minha admiração pelo o mar de Ubatuba e o cheiro do teu cigarro de cravo.

Se me perguntares...

Eu sou do extremo.
A que chora.
A que grita( mesmo que por dentro!).
Eu sou transparente, de veias quentes.
A irracional que se arrepende.
E sou das letras, dos pulsos cerrados, dos pés inchados.
Eu sou apaixonada, não por ele ou ela, mas pelos o banhos quentes e sufocantes.
Eu sou a que se interessa nos recheios da rotina.
Eu sou aquela previsível e estável.
Eu sou quem ninguém gostaria de ser por não saber exatamente a essência.

Mara gabrili pergunta, eu respondo.

E se

1- E se você estivesse no mar azul do Caribe, com a pessoa que mais ama?
- Observaria o mar silenciosamente.

2- E se agora fosse meio dia?
- Pouco importa.

3- E se você tivesse anorexia?
- Permaneceria magra.

4- E se estivéssemos em 1.945?
- Tomaria cerveja aos invés de vodka.

5- E se tocasse "Wave' com João Gilberto?
- Escutaria atentamente.

6- E se pudesse voar por 30 minutos?
-Enjoaria.

7- E se você ouvisse a voz do Bono Vox do U2 sussurrando I love you?
- Responderia : But, I no!

8- E se você estivesse agora na cama de um hospital público?
- O que sempre fiz: Diazepan, por favor?!

9- E se você não pudesse ler?
- Enlouqueceria!

(Adaptado: TPM, Outubro 2002. Mara Gabrili)

Abomináveis

Lendo e relendo (saboreando e lambendo os dedos)o texto de João Emanuel de Carneiro, à Veja em 2002, identifiquei-me com sua epopéia ensimesmada.
Ele cita e inspira-se em um textinho revoltado (1960) de Paulo Mendes Campos, onde o autor evoca tudo o que se pode ser considerado abominável.
1960,2002,2010. Ele, o outro, eu e talvez até você, leitor! Ah, figura machadiana!!!
Adapto então, para risinhos e aceitações (ou não!), as coisas mais abomináveis, com linguagem esdruxula e percepção individualista, segue:

Mulheres que falam mais do que dois palavrões por dia.

Os caos da saúde pública: A falta de mácas, higiene (falta dela), doutores estressados (também pudera!), bancos duros de espera, as horas a fio, as senhas intercaladas, as filas absurdas.

Gente que viaja à Austrália, Canadá, Japão, Londres, Alemanha o (último que viajou à esta última, me confidenciou o fim da ilusão) e voltam semelhantes aos gringos: Querem plumas e aplausos! Porque? Para que? Prefiro Lençóis Paulistas e me torno mais perfeita.

Pessoas que esqueçem que teve, tem e terá sempre no dicionário o 'Obrigado, por favor, desculpe' e que eles podem ser sem dificuldade, transferida do papel para suas bocas.

Drogas (de qualquer espécie, cor ou cheiro!) Se você está agora com esse cafézinho ai na xícara, desculpe-me, ele é abominável.

Roncos, Radial Leste, ressaca.

Mensagem de operadora pedindo pra recarregar o saldo até x data, antes que a linha seja cancelada! (Ameaçador, não?!)

Macarrão com feijão.

Insônia.

O clichê: "Tudo vai ficar bem, você vai melhorar, logo passa, blá, blá, blá". Quero ver quem diz: "Mas que merda hein?!! Vou te ajudar enquanto tudo não fica bem, enquanto tudo não melhora, enquanto tudo não passa!".

Médicos peritos da Previdência Social aliás, todos os médicos peritos, segundo fontes).

Grilhões nos tornozelos (no caso desta autora, gases e ataduras).

Tinta de cabelo entranhado na ponta dos dedos e sob as unhas.

Aparelho nos dentes (Não é bonito, incomoda, tem manutenção e fica nojento após cada refeição! Club Social, nem pensar! Urgh!)

É abominável quando o Jô Soares diz: E assim termina mais um programa do Jô, beijo do gordo! (Um vazio pós..).

Adolescentes.

Putas da Augusta.

Felipe Dilon.

Mudar de casa.

Repercussão afoita de futilidades.

Imprensa marrom e sensacionalista.

Gabarito de prova, definitivamente preencher aquelas lacunas minúsculas é um saco, mas não mais que o "Todas as alternativas anteriores", que te põe numa sinuca de bico. É de apavorar!

Fotologs: ás vezes seu dia não é interessante às outras pessoas... O que você comeu, com quem falou, onde foi... Sugiro à estes seres que escrevam-se em algum Reality Show.

Ouvir conversa alheia e vice-versa.

Procurar vaga em estacionamento e/ou praça de alimentação de Shopping center.

Entrar no provador com oito peças de roupa e sair dele com as mesmas, por que nenhuma ficou boa.

Esperar carregar vídeos no youtube.

Nada ou muita coisa pra fazer.

Os episódios SEMPRE repetidos de "Todo mundo odeia o Chris" (isso inclue a irmã dele!)

Açougue, padaria, drogaria, lava-rápido, ou qualquer outro estabelecimento com o nome de do bairro onde se localizam.

Músicas (qualquer que seja!) no viva-voz em transporte público (será que fone de ouvido está em extinção e não me avisaram??)

Gerundísmo. Apelidos Cafonas.

Crianças mimadass e birrentas (e alguns adultos também!!!)

Pais submissos, omissos, permissivos e complacentes.

Aluguéis, favelas, traficantes, juros, eleições.

Espinhas, pé gelado, colchão duro, horário de verão.

Procurar, esperar, telefone, injustiça.

Pessimismo.

Ao contrário do seu Emanuel, não prometo escrever sobre as coisas maravilhosas da vida no planeta [...]

sábado, 6 de novembro de 2010

Sob outro jazigo

Será necessário estar como eles ou no meio deles?
Gosto daqui.
Anjos imóveis me observam.
Passáros pousam nos galhos das árvores e cantam melancólicos.
Folhas secas dançam pelo o chão, lembrando o barulho de passos (ás vezes me assusto..)
Ameaça chover (isso tem sido constante...)
O céu cinza e sem nuvens, ainda não constrastam com as cores das flores e o ferrugem das maçanetas.
o líquido da garrafa já está quente e mortos somos nós que ainda estamos vivos...

(Março, 2010 - Sobre o Jazigo : Família Arnaldo Ramos)

domingo, 10 de outubro de 2010

Pára de se entristeçer leãozinho...

Estou trancafiada novamente dentro dessa cápsula insana que rotulam de hospital.

Novamente me perguntam se eu ando e como de prache respondo: Sim ando, gesticulo, bato palma e falo oi!!

De novo com um número de leito, vestida em camisolas gigantes e dormindo ao lado de velhas que roncam.

Mais uma vez em abstinência de nicotina, pela a primeira vez morfina na veia e um gosto amargo na garganta...

Pela a segunda vez, confundindo jalecos brancos e meus braços cravados por agulhas.

Os bichos do meu corpo agoram recebem nomes esquisitos, todos eles são sutís, discretos e estáveis... Mas todos eles juntos me comem...

Nessa nova etapa (lê-se "nova" e não "boa") recebi adjetivos técnicos que resumidos me forçam a acreditar que sou e/ou estou mesmo histriônica (mas manipular não é meu forte...)

Mas como sou jovem, vou me recuperar logo e não preciso de cuidados (Amém, né!)

Que o Deazepam, Aldol e Predizona existam sempre (Assim seja!)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nada à oferecer,logo...

Texto de James Cooper...Reflete AGORA o que ando sentindo:


As paredes do meu quarto estão brancas. E agora?
Será que devo apenas sorrir e agradecer aos elementos puros da natureza selvagem?
Quando a loucura bate, ela bate para machucar!
Tudo se confunde em um reflexo cheio de luz e cor
O cansaço cai sobre as costas e o Oceano parece pequeno
Qualquer sonho que se sonha acaba por se modificar e se torna um nada suplemo
As vozes das lembranças nos levam ao Paraiso dos Perdidos
Um vento gelado cobre o corpo nú em uma piscina olímpica cheia de solidão
Algum sorriso surge e nos dá a impressão de renascimento
Eu tiro a faca do peito e me deixo voar sob as nuvens de sua inocência
As pessoas não andam. Elas rastejam. E eu sou um corpo ajoelhado no meio de um corredor branco e silencioso
A felicidade dá vertigem. A tristeza causa euforia
Os ingredientes de meu banquete infame se misturam e caem sobre a ferida aberta
Arde. Corroe. Mas cura...
E ainda assim prefiro a segurança vazia de meu Manicômio Particular
Porque lá fora dá medo!

JAMES COOPER

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não éramos imaginários, éramos amigos...


E ouvir você falar de Frederick Nietzsche e ceticismo, mostrou-me que até Silas Malafaia possui um pouco grande de insanidade...

E o gosto de frutas dissolvidas, Martini com Campari, X-Salada sem salada, se tornaram gostos saboreados entre sorrisos sinceros e isso me pareçeu mais digesto.

E o seu colo, nossos chaveiros juntos e a calçada de mármore, pareçem-me agora desnecessariamente, necessários.

E não importa se teu codinome oscilar entre Detlef, My Lord ou um Solano global, se eu puder continuar perdendo o ar que o teu sorriso e até tuas lágrimas me roubaram.

E se cantar The Mars e mister Manson, andando de mãos dadas, significar perder a pose, prefiro não ter pose alguma.

E em meio à acessos intermináveis e perguntas interessantes, demonstramos que o contraditório carrega mais certeza que as dúvidas de duas mentes insaciáveis.

E com nossas recordações e hálitos alcóolicos, podemos nunca mais ouvir Change de novo, mas sempre lembrar daquele vagão como afirmação do resgate de um tempo que não se perdeu de nós.

E nossos guardanapos serão juntados de novo lado a lado em uma mesa de um botequim... Nossas fotos emolduradas dirão: " Nosso orgulho um do outro olhando pra lente, como quem dissesse: Não queremos mais nada nesse mundo." (Lobão)

E se o nosso ídolo de outrora não tiver mais excentricidade para vender, uniremos as nossas e tudo certo (mesmo que esteja maquiado de errado...)

E a minha vontade, e meus raciocínios confusos, e meus sonhos woodstockianos, e a "ira da minha demência", continuarão eternamente te esperando para finalmente assistirmos Jô Soares juntos, munidos de vitaminas de abacate e três edredons, cantando um refrão de uma música qualquer antes de dormir...

E sem pressa viveremos "anos incríveis", mesmo que seja dentro de alguns dias. Viveremos do nosso jeito, com nossas afinidades, sarcasmos, afins e enfins, até preferirmos perguntar um do outro para as pessoas ou ter a ânsia de achar um telefone
perdido dentro de um livro de um sebo... e se isso aconteçer vamos superar a frustração de uma segunda perda, mas dessa vez com um ganho irreparável e inesquecível.

E no final dessas linhas, lembrei-me que do outro lado da linha não ouvi tua voz e me perguntei quanto de verdade havia em todas as tuas mentiras...




Ouvindo: Since we've been wrong!

domingo, 25 de julho de 2010

... (Reticências!)

Ando com medo do instável.
Um medo absurdo do vazio que se instala quando você some do e por nada.
Aquele velho medo de estar sempre aqui pronta para você (quando você quer ou não...)
O medo angustiante do meu próprio sorriso ao lembrar do duelo que travamos naquele "campo de batalha confortável", onde não vencemos...
Medo grande dessa música aqui no meu ouvido que me induz a querer sempre safras e mais safras ruins.
Medo dos teus olhos lindos, do teu sorriso ora tímido ora contagiante, do teu cabelo macio que meus dedos afagaram com gosto, dessa coroa que vez ou outra você põe em minha cabeça e depois arranca bruscamente para me fazer lembrar que devo continuar temendo isso aqui dentro de mim que só cresce...

Pra não dizer sempre

De vez em quando ouça um Blues.
De vez em quando apague as luzes e ascenda uma vela.
De vez em quando ria das coisas realmente bobas.
De vez em quando saia da frente do computador e vá ler um livro (isso é terapia...)
De vez em quando se permita uma dose de wisky caro.
De vez em quando vá ao cinema sozinho (e não esqueça a pipoca!)
De vez em quando seja extravagante.
De vez em quando peça conselhos.
De vez em quando dobre os joelhos e ore à Deus.
De vez em quando coma granola.
De vez em quando doe um cobertor.
De vez em quando chore para desabafar (nem que seja só para o seu cachorro...)
De vez em quando crie pontes e abra portas(você pode precisar delas.!)
De vez em quando tome sol em cima da laje.
De vez em quando surpreenda um amigo.
De vez em quando assista Jô Soares.
De vez em quando tome banho de chuva.
De vez em quando envie uma mensagem no meio da madrugada (pra quem quer que seja!)
De vez em quando escreva cartas (mesmo que não as envie...)
De vez em quando choque as pessoas do metrô (não me refiro à bombas ou terrorismo!)
De vez em quando olhe ao seu redor (esqueça seu umbigo).
De vez em quando se apresente sem máscaras.
De vez em quando durma nú.
De vez em quando corte você mesmo o seu cabelo do jeito que quiser.
De vez em quando seja ridículo (ou não) dançando Stay*, mexendo as mãos e os lábios.
De vez em quando assuma seu lado mais brega e cafona (se tiver pochete, use-a!)
De vez em quando durma com o seu animal de estimação na cama (isso não inclue peixes)
De vez em quando reinvindique uma cadeira "roubada" da sua mesa, no bar.
De vez em quando durma na casa de um amigo (Veja bem!!)
De vez em quando asse um bolo de fubá.
De vez em quando presenteie uma blogueira de odisséias com uma travessa de mousse de maracujá!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Melhor que isso?

Bom é fazer planos, melhor é realizá-los
Bom é comer, melhor é na mesa com a família reunida
Bom é ninar uma criança, melhor é quando não é sua
Bom é ganhar dinheiro, melhor é gastá-lo
Bom é gostar de alguém, melhor quando este alguém também te gosta
Bom é ter uma noite inesquecível, melhor quando são várias
Bom é passar a dor, melhor é não senti-la
Bom é o alívio da saudade, melhor é não tê-la
Bom é fazer aniversário, melhor é ter experiências
Bom é falar ao telefone, melhor é mandar mensagem
Bom é tirar fotos, melhor é não ter que se contorçer em frente o espelho para isso
Bom é ser quem se é, melhor é gostar em ser
Bom é saber que existem os fatos, melhor é saber que podemos mudá-los
Bom é beijar garotas, melhor é beijar garotos (Polemizar!)
Bom é ser a June, melhor é ser a Amy
Bom é sair e voltar são e salvo, melhor é voltar são, salvo e com um sorriso bobo na cara...
Bom é ver, melhor é crer
Bom é beber, melhor é "duelar" (off!)
Bom é errar e ser perdoado, melhor é errar e se perdoar primeiro
Bom é manequim 38, melhor é o 36
Bom é passar despercebido, melhor é quando não é sempre
Bom é saber que somos importantes nem que seja para uma única pessoa, melhor que isso?

terça-feira, 29 de junho de 2010

Resumo épico: -304 - 20 - 3 andar: Terror!

Descobertas em nove dias de internação!

Preciso desabafar:

Descobri que vovózinhas podem ser desafiadoras quando não tem seus bumbums higienizados com pomadas e fraldas geriatricas macias e confortáveis.

Descobri que amor à profissão e competência não estão assim tão interligados como de praxe ética deveria ser.

Descobri que uma gota a mais de Birotec pode me deixar Hããr, enervante!

Descobri que não importa quão boa seja a sua intenção em querer o bem estar de outrem, você pode acabar sendo incoveniente em algum momento ou mal interpretado.

Descobri que simpatia de giz é um saco, mas muito necessária.

Descobri que tudo fica mais estridente, volumoso e maximizado quando estamos fora do nosso habitat natural (ou superficial...) Temos pressa e a ansiedade nos reveste em uma capsula sufocante que pareçe expremer rapidamente.

Descobri que da janela de um terçeiro andar de um hospital posso ver o nascer do sol entre árvores mais lindo e encarar isso como um presságio de coisas boas...

Descobri que revistas de fofoca são amedrontadoras em qualquer situação, mas lidas neste ângulo pareçem ter mais exclamações do que se pode observar...

Descobri que ver seu próprio nome em sua pulseira de identificação repetidas vezes, pode confundi-lo sobre a sua verdadeira identidade (complexo?? ) ou sobre a visão que os outros tem sobre você (complexo??)

Descobri que há (e não são poucos!) os que cogitam insistentemente artimanhas de se manterem dentro de um quarto quente, confortável, com boa comida à disposição... Por que fariam diferente, se os mesmos não tem perspectiva de vida aqui fora? Não encontrei ainda uma resposta convincente...

Descobri que pensamos muito (muito mesmo, sem querer pensar...) em nossa infância, em nossos pais... Pensamos em pessoas que gostaríamos de ver e outras que não valeria nenhum pouco a pena...

Descobri que aguento mais picadas do que eu mesmo presumia (até o momento deste escrito, contei 23 furos de agulhinhas e agulhonas!)

Descobri que posso estar enferma fisicamente, mas sempre terá aquele (a) que irá me olhar fixamente, pensando : Ela beira á insanidade, corro agora ou depois? E que três olhares desses por dia podem sim, me tornar louca!





To be continued...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ao meu amor do passado

Gostaria ao menos de saber o nome do seu pai. Hoje não tenho mais interesse na herança que ele vai deixar para você... rs
Hoje reli todas as suas cartas, aquelas com correção ortográfica do word e também a única escrita a punho (que me soa mais pessoal).
Imediatamente, quis lembrar dos seus traços e suas feições. Correndo me dirigi a gaveta e desembrulhei suas fotos, alinhadas e cuidadas.
Não chorei mais...
Fitei seus olhos e como em transe os vi saltar para fora do papel e se nivelar à altura dos meus e exercerem o mesmo ímpeto e calafrio de todos os dias, até o último.
Te vi ali sentado ao pé da cama, no colchão estreito de lençol rosa.
Você, com o mesmo perfume (talvez uma mera preferência...)
Pensei então no que dizer: Oi, tudo bem? Quanto tempo, como está sua mãe?? (O grande cinismo das relações humanas). Não, eu não seria tão hipócrita e imprevisível.
Eu poderia ser estável e cantar para você:

Self professed... profound
Till the chips were down
...know you're a gambling man
Love is a losing hand


Though I'm rather blind
Love is a fate resigned
Memories mar my mind
Love is a fate resigned


Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

E no final da canção, você suspiraria, um daqueles suspiros entendiados por perceber que ainda sou tão a mesma,com o mesmo olhar e sardas. Não há mesmo mais novidades...

Com serenidade, volto a realidade que não deletou de mim você, a lembrança das suas mãos, do "girl" tantas vezes pronunciados.

Um amor que mesmo hoje não morreu e implora que assim permaneça.

Entrevista (Admite-se)

Você já machucou alguém?
Ontem, hoje, sei lá quando! Já machucou?
A pontinha do dedo até um pescoço degolado?
Já foi oleoso? Escorregadio? Persuasivo? Obstinado? Traidor?
Já foi cruel, já riu da desgraça alheia? Mentiu quantas vezes?
Já roncou perto de alguém?
Defecou?
Já matou um coração?


Sim??

Coloque seu nome na lista e assine com uma rúbrica.


Obrigado.

domingo, 6 de junho de 2010

Tudo o que você quer ser*

Alise seu cabelo e bronzeie a sua pele.
Siliconize o seus seios e faça suas unhas.
Use cremes anti rugas e clareador dental.
Amacie seus pés/mãos e tenha marca de biquini.
Ande sempre na moda e tenha ankle boot em seu armário.
Prefira o shooping ao invés do bar.
Beba suco de clorofila e coma pão integral.
Use saia e cruze as pernas.
Sorria e seja sempre cordial.
Elimine a flacidez/celulite/estrias e passe aquele batom.
Não esqueça do espartilho e do blush.

E para ser eternamente inesqueçível: Morra de overdose acidental.

Queridas idiotas!

Insônia

5:23 exatos da manhã.
Olhos arregalados. Nada induzido ou proposital. Apenas arregalados (não que o 'apenas' minimize o grau da dilatação).
Viro-me para o lado direito, mas logo percebo que o tic tac do despertador em cima do criado mudo me azucrina ao ponto de me fazer querer atirá-lo contra a parede, mas isso requereria muito esforço e energia.
Que fantástico, há ainda o lado esquerdo, mas lembro-me da pequena contusão em meu joelho e do curativo que milindroso se esfarelaria com uma arrasto mais confortável.
De bruço? Não, falta o ar.
De barriga para cima? Não, me lembra defunto.
Solto então um PORRA, uma porra raivosa e impaçiente, seguida de um soquinho no travesseiro.
Respiro e do que lembro? Tchã rã rã ra...
Dos Carneiros! Sim, aqueles que lentamente pulam cercas envernizadas de branco, onde ao fundo há um céu azul (roxo que não seria...) e uma grama verdinha (haveria possibilidade de ser amarela? Sim, caso fosse trigos..)
Urgh, definitivamente a cena carinhosa de carneirinhos, cerquinhas e afins não combinava com a brutalidade dos meus pensamentos, que a essa altura já envolvia tortura, assassinato e esquartejamento...
Pensei então nos bois para pular a cerca... Agora sim, um bicho forte, com cara de mal, uma cerca com arames farpados.
Isso, todos enfilerados.
E pula o primeiro. Olha que sucesso!
O segundo , o terceiro...
Estou agora no boi 969. Oops, o que aconteçeu? Ele caiu e quebrou o dente!
Pergunto-lhe como se sente. Com uma bufada, ele responde que não pode ir ao curral naquelas condições, se apresentar à Vaca Nova*. Curiosa indago sobre tal senhora e ele explica que Vaca Nova, é a vaca (obviamente!) que substituirá a Vaca Antiga*, já que esta não apresentava nenhuma serventia e não via nela mais novidade (afinal já conheçia cada uma de suas tetas).
Dei-lhe uma bronca e ordenei (sim, ele está em minha cabeça, então tenho o direito de ordená-lo, oras!) que voltasse imediatamente para a sua Vaca Antiga, que apesar dele pensar que ela não está assim tão bela ou sexy, ela será a única vaca, que aceitará um boi banguelo.
E continuo com a contagem...
Oi sol?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Amigo é dinheiro no bolso

... gosto e quanto mais, melhor!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O outro lado

Eu gosto de olhar fotografias antigas, mas não gosto de sentir a dor de saber que a nostálgia não é assim tão bela (Poeta tem sempre que sofrer?)

Eu gosto dos meus escritos datados na época da Copa do Mundo, naquela em que o Brasil não foi Hexa, mas não gosto de lembrar que naquela mesma época eu era ingênua e ainda sonhava (e quanta falta...)

Eu gosto de estar rodeada de pessoas, mas não gosto do tédio que cedo ou tarde sempre se instala em minha testa.

Eu gosto de beber minhas doses diárias (mesmo que sejam doses 'garrafais'), mas não gosto da ressaca que sempre me lembra o valor gasto...

Eu gosto de saber a verdade, mas não gosto sempre, por que aquelas "mentiras sinceras me interessam!"

Eu gosto do "Dia das Mães" (por que rótulos?) para dar um abraço na minha,mas não gosto dos comercias apelativos e insistentes que antecedem o mesmo, que por sinal nesta estação foi frio, chuvoso e cinzento.

Eu gosto de ter minha agenda telefônica abarrotada de números e nomes, mas não gosto de saber que não tenho vontade e/ou vontade de ligar para 96,5% delas.

Eu gosto quando vejo o Fadiga com a pança estufada jogando o macaco de pelúcia de olhos esbugalhados (o macaco!) para cima e dando piruetas no ar, mas não gosto quando ele destrói a parte de cima do meu biquini ou morde a tarja magnética do meu cartão do banco! (aii!)

Eu gosto quando elogiam o meu blog e se identificam com cada baboseira que aqui escrevo, mas não gosto quando fico dias e dias sem inspiração, isso me faz perceber o quanto sou vazio no fundo.

Eu gosto de planejar ir até tal lugar (o Tal é legal!): Putz,vai ser demais! , mas não gosto quando no dia eu perco o tesão : Putz, vai ser um saco, não vou mesmo!

Eu gosto de ser ouvida, que me deêm atenção exclusiva por quatro minutos, mas não gosto de pessoas lentas que não argumentam ou retrucam, não tornam o raciocinío interessante...

Eu gosto de trabalhar, mas não gosto de mentir.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reserva

O que importa estar sóbrio e ser estupidamente ciníco?
Você quer mesmo que eu conte uma mentira que te satisfaça?
Não irei me enganar, mesmo que isso pareça mais fácil.
Aproveite que ainda não choveu e enraize de uma vez por todas as suas certezas.
Não faço questão de esconder uma certa frustação... Não valeria.
Ainda quero encontrar o que ando procurando:

Me surpreenda, me faça sorrir.
Seja intenso, me deixe sem explicações.
Não me anule, me tire dessa prisão.
Me conquiste, não me abandone.
Seja meu amigo e deixe o que for.
Não me entedie, não neste horário.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Salva de Palmas

Minha salva de palmas à você que não se deixa pressionar, que faz sexo seguro, que põe Deus no centro do seu universo.
A você que gosta de uma boa música, que tem controle sobre os sentimentos, que não se apega ao passado. À você que tem foco e não desvia o olhar dele, que saber ser compreensivo sem ser otário, que tem dinheiro e bens mas não põe aí o seu coração. À você que vive intensamente, mas sempre se lembra das consequências, que cultiva boas amizades (mesmo que esse amigo não seja tão bom socialmente..), que sabe a hora de parar.

Minha salva de palmas à você que é um bom filho, um bom funcionário, um bom esposo (a). À você que sabe ser discreto, que não admite ser censurado por seus defeitos mas que sabe que precisa mudá-los e esforça-se para isso, a você que não é hipócrita. Que encontrou na Arte (escrita, falada, dançada, fotografada, desenhada...) uma verdadeira porta de escape.
A você que é socíavel, mas não influenciado.
À você que sabe ser ético, franco e compromissado.
À você que não vive de aparências, que não trai, que não mente, que não abandona.
À você que é inteligente, não escreve errado e tem um bom papo.

Minha salva de palmas à você que deixa sua marca por onde quer que passa, à você que não se faz de coitado (a) e que não deixa seu ego inflar, à você que sabe se fazer respeitar, que não é entediante.

À você que sabe encantar sem grande esforço, minha sincera salva de palmas.

O menestrel: Ao meu mestre


Quando a vi, ela estava bela, voava toda alegre. Fiquei observando-a e achei graça nessa coisinha pequena e frágil.
Ela já cansadinha pousou em uma pedra empoeirada e daí surgiu minha idéia: capturá-la em minha primeira oportunidade. Me aproximei lentamente, mas quando percebeu-me voou para o outro lado da árvore.
Que temperamental!
Antes que minha segunda tentativa fosse sucedida, ela voou novamente... Pude perceber o risinho irônico que ela lançou-me! Era como se dissesse: Pensou que era fácil né?
Ela não foi para muito longe. Como que para provocar, pousou em uma folha verde e viva. E ficou ali imóvel.
Dissimulei e com os passos lentos e calculados fui andando em sua direção. Se não fosse meu próprio corpo, nem eu teria notado minha presença.
Esse momento exigia cautela. Um movimento mais brusco, colacaria minha úlitma tentativa à falência. Afinal aprendi que borboletas são delicadas e se assustam com qualquer coisinha.
Aproximei minha mão bem devagar: com o dedo indicador e o polegar, prendi seu par de asas!
-- Quieta, borboletinha, quieta!
Ela se debatia, esperniava...
Fixei meus olhos nos dela! Estavam tristes, lacrimejantes e assim ficaram os meus também.
Fiquei ali, hipnotizada!
Que asas lindas, um infinito de cores!
Eu a segurava forte, tinha medo que ela fugisse, fosse embora... Eu não a perderia!
Bom, agora era a hora, mas como?
Ela não mereçia, não havia feito-me mal! Mas dane-se!
Ascendi meu cigarro e soltei a fumaça na direção do seu narizinho pequeno e arrebitado. Tive a impressão de vê-la tossir.
Suas perninhas magrelas começaram a se mover em uma rapidez assustadora e eu a sufocava mais com a fumaça densa.
--Falta pouco, falta pouco!
Ela se aquietou e suas antenas tombaram levemente para o lado. Senti pena! Raiva daquele meu gesto tão nojento.
Um vento gelado soprou: ela abriu os olhos e me olhou com ódio fulminante, injetados de fúria.
Batia suas asas inferiores, batia as pernas, as antenas... Ela lutava pela a vida!
-- Agora chega!
Com a brasa do meu cigarro, desfigurei seu rosto e todo o corpo, apenas não ousei queimas suas asas, que pareçiam um quadro leiloado.
Mas ela não se entregava, permanecia ali desesperada. E minha paciência se esgotando.
Sempre tive a certeza que caçar borboletas era difícil, mas não imaginei que para matá-la valia o mesmo critério.
Fui para a cozinha, abri a torneira e a meti embaixo d'água.
Deitei-a na pia. Ela estava molhada, cansada, agonizando...
Última etapa: Joguei-a dentro de uma redoma de vidro. A deixei no centro da mesa, sentei-me na cadeira e assim permaneçi, mirando meu alvo.
Seu último movimento cessou-se aos 27 minutos exatos.
Pronto, estava feito!
Este era meu triunfo! Finalmente havia entrado para a lista sublime dos 'assassinos de borboletas'.
Mas meu sucesso não deve-se somente ao meu ato, mas também ao meu mestre. Ele me ensinou todas as minunciosas táticas, artimanhas deliberadas e por fim a esplêndida arte de matar uma borboleta!

Obrigado mestre!

Aí está ela, anexada a esta carta como prova de minha gratidão.
Dedico à você minha primeira Butterfly!
Linda, não?

Sonífero

Tatiana L. Nunes
22 anos
Leonina
Moro no extremo leste de SP (sinônimo de: Cuidado comigo! rs).
Nunca fui para a Disney ( e não tenho vontade..)
Meus melhores amigos são do sexo oposto
Sou filha única da minha mãe
Tenho paixão por fotos
Já chorei por amor
Sou antipática, questionadora e ética.
Tenho um fígado podre (que me rendeu duas internações.)
Detesto música eletrônica.
Já fui cruel algumas vezes
Odeio ter duas opções para decidir
Pessoas humildes ganham o meu respeito
Já me senti um cocô
Tenho três tatuagens
Não me interrompa quando estiver escrevendo
Quero trabalhar em um pub londrino
Meu coração simplesmente dispara em final de Reality Sow
Fiz três anos de canto lírico mas o alcóol e cigarro destruíram as cordinhas.
Minhas pernas são finas, meus seios invísiveis, mas amo minha bunda.
Não quero casar e ter filhos
Meu quarto ainda é rosa
Dou risada das besteiras que escrevia quando eu tinha quinze anos
Sou São Paulina e acho o Dagoberto uma graçinha
Adoro fazer inferninho em mulheres ciumentas
Esudo astrologia
Não me compadeço das desgraças alheias
Admiro mulheres inteligentes e bem resolvidas
Tenho pavor de multidão
Esou na onda do Jazz.





zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz !

GUERRA

Aquela gota transbordou o copo!
Gotas que viraram um oceano de intolerância, mágoa, desconfiança, ciúmes, impulsividade, falta de aceitação, motivação, admiração.
Cada um em seu mundinho fazendo graça para chamar a atenção um do outro.
O que interessava era ter sempre a razão, estar sempre e incondicionalmente certo e ser respeitado por isso! Legal!
Palavras cortantes quem nem daqui dez anos irão cicatrizar.
Desprezos, orgulho e insultações que fizeram de nós cúmplices!
Sim, estritos cúmplices em uma guerra interminável, onde o inimigo-mor era você e eu, um contra o outro.
Um duelo de competições estúpidas, argumentações para provar quem de fato era o melhor no que fazia ou no que pensava, ou os dois.
A sensação de querer vencer o tempo todo nos manteve nesta batalha onde (vejá só) NÃO HOUVE VENCEDOR!

E eu definitivamente machucada, cansei!

Encontre outra agora, para duelar com você!

terça-feira, 2 de março de 2010

Me diz

Não gostaria de me isolar das pessoas apenas por que algumas delas são entediantes, mas que graça teria se eu tivesse que sorrir para todas elas?

Não gostaria de perder aquilo que prezo, mas que graça teria o prazer do reencontro?

Não gostaria que o meu trabalho me cansasse tanto, mas que graça teria se eu não desse valor ao suor do meu cerébro?

Não gostaria de sentir fome, sede, dor.. mas que graça teria se o meu corpo não reagisse a tudo o que me lembre que de fato ainda estou viva?

Não gostaria de errar mas que graça teria se eu fosse sempre tão correta e previsível?

Não gostaria de sentir sua falta, mas que graça teria se você não fosse inesquecível?

Vintage

Eu saio à francesa de: onde tenha pessoas com egos inflados.
Eu ouço o chamado: da minha auto-confiança.
Em uma noite e meia eu faço: textos, bebo e durmo.
Alguém me abre os braços e eu: recuo.
Quem cola caquinhos do velho mundo é: gente com medo do novo.
O medo é uma coisa que: me impõe limites.
Coração tem coragem para: se trancar.
Eu faço greve de: presença.
Uma menina me ensina a: ser independente.
Eu digo ainda é: pouco (quero mais!)
Eu espero aconteçimentos quando: estou entediada.
Eu abro a porta para: idéias práticas e verdades.
Olho para o amanhã e vejo: Nada (é tudo desconheçido)
A gente faz um país: bagunçado.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sentidos

Tato: O tapete branco do apartamento da minha avó. É daqueles bem fofinhos que você prefere dormir nele do que na própria cama.

Visão: Fotos! Qualquer uma, sobre qualquer coisa.

Paladar: Mousse de Maracujá. Faço apologia à overdose desse doce.

Olfato: Glamour (Boticário)

Audição: No momento bandas femininas dos anos 60: The Shangri-las e The Ronettes (E sempre Amy Winehouse).

sábado, 20 de fevereiro de 2010

ANJOS

Hoje decidi voltar às origens...
Só hoje!
Ser comercial o tempo todo me dá naúseas, então HOJE desnundo mais uma vez minha alma, já tão explorada e explícita!
No micro: Maria Rita - Menina da Lua (Amy andava um tanto cansada e está repousando), nada proposital, apesar de nostálgica, apesar de clichê (como fui estes dias, meu Deus!).
Penso agora nas pessoas que passaram (ou estão) em minha vida. Seus rostos (de cada uma delas, me vem à lembrança e cada uma por diferentes e particulares razões).
Pessoas que me fizeram sorrir, que já compartilharam comigo de um copo qualquer em um bar qualquer.
Pessoas que apostaram em mim, que me aconselharam.
Pessoas que me deram bronca quando eu mereçia levar uma, que me emprestaram dinheiro.
Pessoas que me fizeram entender um que coincidência e ficar em dúvida se ela existe, que me ligaram em uma 'tarde vazia'.
Pessoas que cozinharam pra mim, que me fizeram cafuné.
Pessoas que me apresentaram à outras, que me encantaram sem nem ao menos saber.
Pessoas que fizeram do meu dia menos 'down', que me fizeram sonhar (ou acordar...)
Pessoas que não me abandonaram quando fiquei feia e doente, que passaram muito rápido mas deixaram um boa semente.
Pessoas que não são só pessoas, são ANJOS.

Obrigado à todos (e até àqueles que nem sabiam...)

Agora que se foda a ÉTICA, relaciono aqui o nome de cada um de vocês, independente de estarmos PERTO ou LONGE, de MAL ou de BEM...

(IMPORTANTE: se o seu nome não está aqui, não é porque me esqueçi, é por que realmente não teve razão para estar!)

Michele Brum
Felipe Ost,
Andressa Anatólio,
Richard Calado,
Fabiana Gazolli,
Mariana Pinto,
Marcelo Nunes,
Miriã de Oliveira,
Vanessa Teles,
Kleber Padovani,
Julio Simões,
Mawilson Acoroni,
Walmir Junior,
Emerson Bispo,
Clayton de Paula,
Karina Garçez,
Bruna Mello,
Brian Silva,
Anderson Costa,
Angela Maria,
Emerson Frangiotti,
Cintia Copette,
Isac Junior,
Thiago Melhado,
Felippe Benjamim,
Viviane Rodriguês,
Fernando Akeo (Bidi)
Valdete Hayne,
Joebson Silva,
Cristiano de Matos,
Nara Neris,
Alex Martin,
Belit Ferreira,
Emanuel Maicon,
Everton Bonfá,
Lincoln Palmeira,
Flavia Luzia,
Robervan Urbanowickz,
Ana Maria Demarchi,
Jucélia Tavares,
Bruno Hitzel,
Ivet de Oliveira,
Benedita Simões,
Gustavo (Detlef)
Anderson (Chapeco)
Gisele Sena,
Igor Hofmann,
Demetrius Hoffmann,
Leonardo Bravo,
Oscar Lima (Jull)
Carina Rio, (in memorian)
Eduardo Corsino,
Carmem Lucia,
Iana Helena,
Victor Verri,
Claudia Oliveira,
Diego Boniavoglia,
Jorge Black,
Clayton (Stake)
Juan (Leão)
Patrício Alves
Marilu Xavier,
Jessica Cristini,


CONTINUA....

Peso?

Ela é bonita, mas tem as unhas roídas e peso flutuante.
Ela canta, mas o cigarro e o alcóol lhe arrancaram o folêgo.
Ela dança, toda sem jeito e desarticulada.
Ela escreve, mas se perde em pensamento confusos.
Ela bebe, mas tem o fígado podre.
Ela fuma, e tem um bafo fedorento por isso.
Ela chora, mas nem sempre diz a verdade.
Ela ama, mas logo se desapega.

Ela tem um gênio do cão, e contra isso não argumentação.

É o que eu sinto por você

Eu sempre senti que éramos próximos...
Ouvi dizer que o seu amor por mim era igual á três trilhões vezes o infinito.
Quando conversávamos você prestava atenção às minhas palavras e não debochava das minhas lágrimas, sempre tão constantes.
De vez em quando você me mandava recados dizendo que jamais me deixaria sozinha.
Às vezes eu era a criançinha que pedia um brinquedo.
Às vezesa mulher guerreira que machucada pedia morfina.
Mesmo com tudo você entendia o que eu queria (às vezes, o que eu nem sabia o que era)
Mas com o meu exclusivismo demasiado gigante te quis apenas para mim e fiquei emburrada quando percebi que você era de todos que te quizessem.
Devido à isso, não te procurei mais...
Decidi me divertir com outras coisas pelo o caminho (tantas ciladas...).
Ainda TE AMO, mas eles não me deixam voltar correndo para os teus braços (apesar de saber que você me espera com eles abertos...)

Mas de uma coisa eu sei:

AINDA VAMOS NOS RECONCILIAR!





* Essa é pra você, querido DEUS.

Agulha Tagarela

Acordei sob um teto branco que não fazia contraste com nenhuma outra cor...
Céu? Pedi a Deus que não!
Prefiro o 'open bar' do inferno à harpas gigantes e coelhinhos saltitantes!!
Em meu braço furado uma agulha cravada explicou-me que meu corpo havia cedido mais uma vez!
Trocamos algumas idéias durante um terço de tempo.
Perguntei-lhe se estava bem acomodada em minha veia... Ela com ar blasé, respondeu que não podia reclamar, afinal acomodações andam um tanto caras nestes últimos tempos...
Em menos de uma hora aquele líquido me fez ter um sono mórbido e retornei à hibernação...
E agulha lá: Falando sem parar!

Exarcebada

Há mulheres que querem casar
Eu não
Há mulheres que são dependentes
Eu não
Há mulheres que vão à academia
Eu não
Há mulheres que usam o corpo
Eu não
Há mulheres que falam nas entrelinhas
Eu não
Há mulheres que se deixam dominar
Eu não
Há mulheres que fazer crochê
Eu não
Há mulheres que acreditam em ladainhas
Eu não
Há mulheres que transam sem vontade
Eu não
Há mulheres que engolem chocolate para desafogar
Eu não
Há mulheres que se vingam
Eu não
Há mulheres que acreditam que eclipses podem ser duradouros
Eu não (mais!!!)
Há mulheres que gostam de pêlos
Eu não
Há mulheres que encanam com estrias
Eu não
Há mulheres que são inesquecíveis
Eu não
Há mulheres que se fazem de cega
Eu não
Há mulheres que fazem cafuné
Eu não
Há mulheres que choram ao ver o homem que foi seu, ir embora com outra...
Eu também!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fuso Horário

Que horas você dorme?
Que horas você come?
Que horas você transa?
Que horas você sonha?
Que horas você realiza?
Que horas você pensa?
Que horas você bebe?
Que horas você lava as mãos?
Que horas você penteia o seu cabelo?
Que horas você escova os seus dentes?
Que horas você não faz nada?

Por favor, me responda para que eu possa acertar o ponteiro do meu relógio!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

É Claro e Óbvio

Mas é claro e óbvio que cada um de nós uma vez na vida já escrevemos uma palavra errada.
Já resmungamos ao ver um político na TV.
Já sentimos aquela pontinha de inveja (e não é aquela boa) do status de alguém (daquele que toca melhor, que recebeu uma promoção ou a menina da bunda sem celulite).
Que nossos olhos já brilharam em uma noite de Natal (lembra dos seus sete anos?)
Quem de nós nunca nos consumimos em ira por ter perdido aquele jogo (não importa qual).
Que já mentimos para algúem (e até para nós mesmos).
Que já fomos alvo de fofoca, crítica ou descaso.
Que já nos apaixonamos e esqueçemos (se foi só paixão mesmo...)
Que você concordou com algo.

O óbvio é prevísivel.
O claro não!

Brincadeira de criança

Agora me divirto com o Jogo da Cobrinha. Sim, aquele já quase extinto... de celulares pré históricos!
Meu sorriso esbalda madrugada chuvosa...
Seria tudo um presságio?
Indaguei, lembrando de outras brincadeiras infantis como 'atirei o pau no gato', 'salada mista'e a própria da 'cobrinha'...
Será que tudo o que fazíamos quando éramos crianças (e até as de hoje...) se reproduz agora?
É, mas e o sentido?
É, mas e a conotação de certas 'saladas', certos 'paus nos gatos', certas 'cobrinhas'?
Então no final das contas sempre estamos brincando?

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dias Insanos

"... E passamos dias trancados, sob o sol que invadia a cortina. E conversavámos sobre o tudo, sobre o nada, sobre elas, sobre ele. E cantavámos! Cantavámos sem parar: Ás vezes músicas inteiras, às vezes metade delas ou frases desconcertadas. E nos olhavámos nos olhos. E nos beijávamos na boca. E bebíamos! Litros e litros de morfina para aquietar os demônios ou colocá-los para fora! Eu te chamava de punk, anarquista e alcóolatra. E você me chamava de linda, única e ... Alcóolatra!
E discutíamos , sobre o futuro que não nos interessa, sobre o presente, sobre as coincidências tão constantes, sobre religião, histórinhas de terror, heróis da música, sobre corações duros e trancados, sobre relacionamentos fracassados, remuneração mal paga, sobre sacanagens da vida e livros marcantes. E combinávamos de nos reencontrar em um ano seguinte, apenas para manter regras estúpidas. E sempre tínhamos nossa primeira vez para provar aos anos que a vida ainda surpreende e dá voltas, nem que isso leve cinco anos. E sumíamos das ruas. E largávamos tudo: Pessoas, compromissos... apenas para ficarmos trancados sob o sol que invade a cortina.!"

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

É passageiro

Há algum problema em gostar de coisas estranhas
E das pessoas que também são?
E daquele mundo que ninguém que estar dentro?

Já algum tempo o clichê me enoja.
As caras no metrô são pavorosas.
As velhinhas que transitam com sacolas me enervam.
Os papinhos pornôgráficos no banheiro das meninas: Meninas que não se vendem, mas já nasceram putinhas!


Eu Tatiana, aborrecida e entendiada desse mundo tão burguês.!

Carta ao amigo distante

Caro amigo,

Hoje li em algúm lugar uma frase profunda que dizia: Ao olhar nos olhos sabemos o quanto o dono destes são bons ou maus.
Nunca nos olhamos nos olhos...
Teu cheiro? Não sei!
Hoje tivemos nossa primeira discussão, uma calorosa, intensa e reveladora discussão e creio que a conotação desta palavra deveria ser convertida para o bem e eu promoveria uma manifestação, com o tema de "Discuta Sempre!" por que foi através dela que percebi o quanto te gosto e quanta paz sinto em saber que isso também é recíproco.
Percebi também que ao continuar com o imprevísivel nos tornamos vulneráveis ao ódio de estarmos tão longe... tão longe! Poxa, até nossos horários não 'batem'! Maldito fuso!
A discussão (Bendita!) segui-se por uma hora a dentro, mas eu gostava da forma como você retrucava e se ressentia a cada ataque que eu proferia e do seu desespero em perceber que toda a minha acidez se transformava em murmúrios e lamentos confusos.
Começamos de fato a nos enxergar. A nos olhar nos olhos. E nos encantar cada vez mais com nossas versões feminina e masculina, eu em você e você em mim.
Dois bicudos de coração duro.
Dois bélicos impulsivos.
Minhas defesas desabaram!
Suas argumentações (tão pedidas por mim) puseram uma pedra em minha insegurança (já esmagada)e voltei a sonhar com o dia em que nos encontraríamos no aeroporto... Um abraço genuíno, íntegro, entregue!
E se por acaso nada disso aconteçer: o olhar nos olhos, o abraço, a Stella dividida...Quero que saiba (soa como ordem?) que jamais (soa otimista?) me esqueçerei (soa clichê?) do homem (é né?) que nasceu no melhor sul do mundo, que fez de sua viagem uma viagem aos leitores deslumbrados, que fez de um 'oi' uma verdadeira história para se lembrar em dias de frio, que me mostrou neve, que fez do meu coração de pedra um mar convidativo e aberto!

Fica para a sua reflexão:

"Tú te tornas eternamente responsável pelo o que cativas." ((O pequeno princípe)


Eu te adoro!

(Brasil, Janeiro de 2010)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu gosto de sexo

Eu gosto de sexo. No sentido literal do verbo, do sentido, da felação...
Isso é evidente em minha cara, meio que escrito em minha cara: "Pode Pá!" (Riso, em soprano, quase fazendo um oitavado!)
Eu gosto de sexo, gosto mesmo, mas em dias de chuva o meu cabelo fica armado e minha auto-estima bem, baixa então: Não faço!
Em dias de sol: Ixii, não me rela! É muito calor, então: Não faço!
Gosto de sexo sim, mas quando não bebo, mas tenho ingerido alcool todos os dias, com exeção das quartas feiras, mas trabalho tanto, chego em casa tão cansada, então: Não faço!



Será que eu gosto mesmo tanto assim?

Sua falta

Hoje pús meu melhor vestido.
Passei meu melhor perfume.
Coloquei o meu melhor colar.
Fiz o melhor penteado.
Em meus pés, calçei o meu melhor sapato.
Em meu corpo, o meu melhor hidratante.
Em meus lábios, o meu melhor batom.
Me servi do melhor vinho.
Mas após os fogos de artifício, percebi que o meu melhor homem, não estava ao meu lado, e chorei.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Obrigado pela a preferência, volte sempre

Você prefere o sim, o não ou o talvez?
Você prefere um amor puro ou uma paixão avalassadora?
Você prefere andar na moda ou ter seu próprio estilo?
Você prefere a ética ou o entrosamento?
Você prefere alguns poucos amigos ou a popularidade?
Você prefere fotografar ou ser fotografado?
Você prefere revidar ou levar desaforo para casa?
Você prefere os bastidores ou os holofotes?
Você prefere ter uma boa reputação ou muitas riquezas?
Você prefere ter inveja ou fazer melhor?
Você prefere o estável ou o gosto da aventura?
Você prefere loira (o) ou morena (o)?
Você prefere lembrar do passado, viver o presente ou planejar o futuro?
Você prefere o teu signo ou o teu ascendente?
Você prefere este livro ou aquele filme?
Você prefere construir pontes ou muros?
Você prefere beijar e abraçar ou expor e absorver idéias?
Você prefere o Rock, o Samba, o Sertanejo, o Eletrônico ou o Jazz?
Você prefere a Coca-Cola ou a Pinga Pura?
Você prefere ir até o fim e quebrar a cara, ou desistir na primeira oportunidade?
Você prefere dar vazão aos sentidos ou ser um puritano-moralista?


"Aguente as consequências do que acha que te faz melhor." (Dead Fish)

Hoje estou feliz

Hoje estou feliz.
Em 24 horas fumei apenas três cigarros e tomei apenas uma garrafa de vinho, sozinha e trancada no meu quarto.
Hoje estou feliz.
Reavaliei alguns sentimentos e conclui que o melhor é não tê-los.
Hoje estou feliz.
Consegui um pouco de inspiração graças à uma conversa polida e sensível com um amigo de Berlin. Inspiração, esta, que outras conversas minaram.
Hoje estou feliz.
Não silenciei às afrontas e minha palavra foi certeira.
Hoje estou feliz.
Por que vi que só sabemos qual é a intensidade da chuva quando estamos embaixo dela, e não me pareçeu assim tão assustadora, quanto eu pensava.
Hoje estou feliz.
Por que finalmente meu cabelo está macio e com brilho (será que eu acreditei naquela propoganda?)
Hoje estou feliz.
Por que senti aquela pontinha de esperança e o medo se tornou menor (embora ele ainda me assombre)
Hoje estou feliz.
Por que após uma boa faxina em minha gaveta, reencontrei algumas bugigangas de valor sentimental, mas que permaneçem sem utilidade e voltaram para a gaveta.
Hoje estou feliz.
Por emagreçi mais algumas gramas, comendo bem.
Hoje estou feliz...
...e fica a dúvida: Quando voltarei a me sentir assim?