sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não éramos imaginários, éramos amigos...


E ouvir você falar de Frederick Nietzsche e ceticismo, mostrou-me que até Silas Malafaia possui um pouco grande de insanidade...

E o gosto de frutas dissolvidas, Martini com Campari, X-Salada sem salada, se tornaram gostos saboreados entre sorrisos sinceros e isso me pareçeu mais digesto.

E o seu colo, nossos chaveiros juntos e a calçada de mármore, pareçem-me agora desnecessariamente, necessários.

E não importa se teu codinome oscilar entre Detlef, My Lord ou um Solano global, se eu puder continuar perdendo o ar que o teu sorriso e até tuas lágrimas me roubaram.

E se cantar The Mars e mister Manson, andando de mãos dadas, significar perder a pose, prefiro não ter pose alguma.

E em meio à acessos intermináveis e perguntas interessantes, demonstramos que o contraditório carrega mais certeza que as dúvidas de duas mentes insaciáveis.

E com nossas recordações e hálitos alcóolicos, podemos nunca mais ouvir Change de novo, mas sempre lembrar daquele vagão como afirmação do resgate de um tempo que não se perdeu de nós.

E nossos guardanapos serão juntados de novo lado a lado em uma mesa de um botequim... Nossas fotos emolduradas dirão: " Nosso orgulho um do outro olhando pra lente, como quem dissesse: Não queremos mais nada nesse mundo." (Lobão)

E se o nosso ídolo de outrora não tiver mais excentricidade para vender, uniremos as nossas e tudo certo (mesmo que esteja maquiado de errado...)

E a minha vontade, e meus raciocínios confusos, e meus sonhos woodstockianos, e a "ira da minha demência", continuarão eternamente te esperando para finalmente assistirmos Jô Soares juntos, munidos de vitaminas de abacate e três edredons, cantando um refrão de uma música qualquer antes de dormir...

E sem pressa viveremos "anos incríveis", mesmo que seja dentro de alguns dias. Viveremos do nosso jeito, com nossas afinidades, sarcasmos, afins e enfins, até preferirmos perguntar um do outro para as pessoas ou ter a ânsia de achar um telefone
perdido dentro de um livro de um sebo... e se isso aconteçer vamos superar a frustração de uma segunda perda, mas dessa vez com um ganho irreparável e inesquecível.

E no final dessas linhas, lembrei-me que do outro lado da linha não ouvi tua voz e me perguntei quanto de verdade havia em todas as tuas mentiras...




Ouvindo: Since we've been wrong!