quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Amantes, errantes, humanos (E daí?!)

Será que existe algum sentido nisso?
E se não existir? E daí?!
O fim dessa história?
Qual história? E se tiver fim? E daí?!

Eu juro, eu quis evitá-lo, jurando que evitar era o correto, o certo, o coerente a ser feito, mas concluí que o erro tem suas vantagens e nem sempre conseqüências desastrosas se for bem dosado, tipo cachaça em copo americano.
Acabo em seu caminho, sou levada a você, sóbria ou não! Dentre tantos vícios, você se tornou mais um em minha coleção. E daí?!
Disseram-me a um tempo atrás que era burrice minha insistir em você. Que minha (ou nossa) entrega, atração, flerte ou qualquer outra coisa, era feio, imoral, um equivoco! E daí?!
Somos “amantes, errantes, humanos”. E agora que forma há de corrigir? Eu não quero. Você quer?
Reconheço que tudo é uma brincadeira e opto em brincar seriamente. Aceitá-lo como algo inevitável, fundamental, motivacional, vital.
Não preciso de sinais! É bobeira! Eu só preciso do seu olhar me comendo viva e seu sorriso sacana. Me basta esse jeito grave, leve, contraditório, oscilante, fatal.
Sabe, as coisas ficam sem graça sem você. Tudo fica melhor se eu sei que você está lá. Basta estar...
Por você, eu me esforço pra acertar. Mesmo que você nem perceba.
Essa escavação imensa entre você e eu, nesses longos dias, não nos entrega opções, mas posso encontrar você! Topa? Tequila para mim, energético para você (como se você precisasse...). O que acha?
Mas não banque o assanhado. Não pretendo fazer amor com você.
Nem que tenha um motel no meio do caminho.
Nem que tenhamos duas ou três horas só para nós.
Nem que a tequila me deixe tonta.
Acreditou?
Não vamos ficar nos culpando, vamos?
“Você não é meu, nem eu sou sua”, já dizia a princesa Leopoldina.


Aguardo com ansiedade a revisão do nosso encontro! (... o segundo é sempre melhor...)

Febre

Sussurre em meu ouvido “mentiras sinceras”, elas me interessam. Suspire, beije, morda.
Agracie meus tímpanos com promessas que enfeitiçam e que não se cumprem (e não precisam). Diga baixinho, sacanagens mescladas com clichês adocicados. Ferva!
Vamos ser patéticos e rir do nosso romantismo inábil. Não precisamos de toques educados, por que nosso olhar grita e pede o que desejamos. “Nós descobrimos a pólvora”.
Vamos ser o que já somos ou idealizar assim?
Safados, intensos, dissimulados, inescrupulosos, sacanas...
E no dia seguinte, os seres honestos com suas condutas sociais.
É fácil!

Caprichosos

Você ebuliu o vulcão adormecido.
Você foi o responsável pelo o meu suor gélido...
Você me fez me sentir de novo mulher, sim, daquelas marotas, com a cabeça um tanto tonta, com desejo desenfreado, apressado, inconseqüente e até com as suas migalhas, contente.
Mas eu não sei o que havia por trás daquelas palavras dúbias, daquele beijo conveniente, daquela meia-luz tão almejada.
Eu não sei se era de verdade, naquele lounge que você gostaria de estar.
Eu não sei, se foi um mero capricho de duas pessoas que receberam poucos nãos e por isso quiseram o que não era seu. E se pertenceram, sem ao menos pedir licença...
Eu não quero a porta aberta, nem a fresta me interessa mais. Não vou viver achando que ela existe. Ainda possuo um pouco de coerência.
O seu silêncio diz tanto quanto o seu olhar: Nada!
A “flor do brejo” secou e os espinhos estão furando meus dedos.
E como eu disse: “As lembranças não ficarão atrás da porta, as levarei comigo!”
Minhas coisas e meus pensamentos não te interessam, mas escute apenas isto:
Eu vou levar você!

E a meia luz, se apagou

Penso em você sem ao menos me concentrar,
Penso em você, por querer, por gostar...
Penso em você, por que me faz bem e não é assim quando penso em outro alguém.
Penso em tudo (ou nada) que foi, que poderia ter sido e em tudo que talvez não será mais.
Penso em você com aquela ingenuidade perene da criança que acredita em Papai Noel e com a convicção furiosa dos xiitas sangrentos.

Há essa dualidade, essa vontade, essa saudade.

E junto com essa falta, neste momento, nenhuma esperança de que essa luz ou metade dela volte a se acender.

Ariano torto

Já me acostumei com sua prepotência. Esse seu jeito de querer e dar a última palavra.
Essa sua persuasão natural é uma proeza da qual não consigo e não quero fugir, por hora. Você já me tem nas mãos... (lhe disse isso outrora.)
É esse seu jeito impessoal, digo até cafajeste... Você é de todo mundo e ao mesmo tempo não é de ninguém.
É tudo premeditado e bem aceito por mim.
Eu sei, que isso tudo é assim: esporádico, sádico.
E tudo bem se ao menos for.
Eu sem tua permissão defini “meu” território, já estava na hora e assim o fiz.
Então a última palavra é minha?