quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fuso Horário

Que horas você dorme?
Que horas você come?
Que horas você transa?
Que horas você sonha?
Que horas você realiza?
Que horas você pensa?
Que horas você bebe?
Que horas você lava as mãos?
Que horas você penteia o seu cabelo?
Que horas você escova os seus dentes?
Que horas você não faz nada?

Por favor, me responda para que eu possa acertar o ponteiro do meu relógio!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

É Claro e Óbvio

Mas é claro e óbvio que cada um de nós uma vez na vida já escrevemos uma palavra errada.
Já resmungamos ao ver um político na TV.
Já sentimos aquela pontinha de inveja (e não é aquela boa) do status de alguém (daquele que toca melhor, que recebeu uma promoção ou a menina da bunda sem celulite).
Que nossos olhos já brilharam em uma noite de Natal (lembra dos seus sete anos?)
Quem de nós nunca nos consumimos em ira por ter perdido aquele jogo (não importa qual).
Que já mentimos para algúem (e até para nós mesmos).
Que já fomos alvo de fofoca, crítica ou descaso.
Que já nos apaixonamos e esqueçemos (se foi só paixão mesmo...)
Que você concordou com algo.

O óbvio é prevísivel.
O claro não!

Brincadeira de criança

Agora me divirto com o Jogo da Cobrinha. Sim, aquele já quase extinto... de celulares pré históricos!
Meu sorriso esbalda madrugada chuvosa...
Seria tudo um presságio?
Indaguei, lembrando de outras brincadeiras infantis como 'atirei o pau no gato', 'salada mista'e a própria da 'cobrinha'...
Será que tudo o que fazíamos quando éramos crianças (e até as de hoje...) se reproduz agora?
É, mas e o sentido?
É, mas e a conotação de certas 'saladas', certos 'paus nos gatos', certas 'cobrinhas'?
Então no final das contas sempre estamos brincando?

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dias Insanos

"... E passamos dias trancados, sob o sol que invadia a cortina. E conversavámos sobre o tudo, sobre o nada, sobre elas, sobre ele. E cantavámos! Cantavámos sem parar: Ás vezes músicas inteiras, às vezes metade delas ou frases desconcertadas. E nos olhavámos nos olhos. E nos beijávamos na boca. E bebíamos! Litros e litros de morfina para aquietar os demônios ou colocá-los para fora! Eu te chamava de punk, anarquista e alcóolatra. E você me chamava de linda, única e ... Alcóolatra!
E discutíamos , sobre o futuro que não nos interessa, sobre o presente, sobre as coincidências tão constantes, sobre religião, histórinhas de terror, heróis da música, sobre corações duros e trancados, sobre relacionamentos fracassados, remuneração mal paga, sobre sacanagens da vida e livros marcantes. E combinávamos de nos reencontrar em um ano seguinte, apenas para manter regras estúpidas. E sempre tínhamos nossa primeira vez para provar aos anos que a vida ainda surpreende e dá voltas, nem que isso leve cinco anos. E sumíamos das ruas. E largávamos tudo: Pessoas, compromissos... apenas para ficarmos trancados sob o sol que invade a cortina.!"

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

É passageiro

Há algum problema em gostar de coisas estranhas
E das pessoas que também são?
E daquele mundo que ninguém que estar dentro?

Já algum tempo o clichê me enoja.
As caras no metrô são pavorosas.
As velhinhas que transitam com sacolas me enervam.
Os papinhos pornôgráficos no banheiro das meninas: Meninas que não se vendem, mas já nasceram putinhas!


Eu Tatiana, aborrecida e entendiada desse mundo tão burguês.!

Carta ao amigo distante

Caro amigo,

Hoje li em algúm lugar uma frase profunda que dizia: Ao olhar nos olhos sabemos o quanto o dono destes são bons ou maus.
Nunca nos olhamos nos olhos...
Teu cheiro? Não sei!
Hoje tivemos nossa primeira discussão, uma calorosa, intensa e reveladora discussão e creio que a conotação desta palavra deveria ser convertida para o bem e eu promoveria uma manifestação, com o tema de "Discuta Sempre!" por que foi através dela que percebi o quanto te gosto e quanta paz sinto em saber que isso também é recíproco.
Percebi também que ao continuar com o imprevísivel nos tornamos vulneráveis ao ódio de estarmos tão longe... tão longe! Poxa, até nossos horários não 'batem'! Maldito fuso!
A discussão (Bendita!) segui-se por uma hora a dentro, mas eu gostava da forma como você retrucava e se ressentia a cada ataque que eu proferia e do seu desespero em perceber que toda a minha acidez se transformava em murmúrios e lamentos confusos.
Começamos de fato a nos enxergar. A nos olhar nos olhos. E nos encantar cada vez mais com nossas versões feminina e masculina, eu em você e você em mim.
Dois bicudos de coração duro.
Dois bélicos impulsivos.
Minhas defesas desabaram!
Suas argumentações (tão pedidas por mim) puseram uma pedra em minha insegurança (já esmagada)e voltei a sonhar com o dia em que nos encontraríamos no aeroporto... Um abraço genuíno, íntegro, entregue!
E se por acaso nada disso aconteçer: o olhar nos olhos, o abraço, a Stella dividida...Quero que saiba (soa como ordem?) que jamais (soa otimista?) me esqueçerei (soa clichê?) do homem (é né?) que nasceu no melhor sul do mundo, que fez de sua viagem uma viagem aos leitores deslumbrados, que fez de um 'oi' uma verdadeira história para se lembrar em dias de frio, que me mostrou neve, que fez do meu coração de pedra um mar convidativo e aberto!

Fica para a sua reflexão:

"Tú te tornas eternamente responsável pelo o que cativas." ((O pequeno princípe)


Eu te adoro!

(Brasil, Janeiro de 2010)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu gosto de sexo

Eu gosto de sexo. No sentido literal do verbo, do sentido, da felação...
Isso é evidente em minha cara, meio que escrito em minha cara: "Pode Pá!" (Riso, em soprano, quase fazendo um oitavado!)
Eu gosto de sexo, gosto mesmo, mas em dias de chuva o meu cabelo fica armado e minha auto-estima bem, baixa então: Não faço!
Em dias de sol: Ixii, não me rela! É muito calor, então: Não faço!
Gosto de sexo sim, mas quando não bebo, mas tenho ingerido alcool todos os dias, com exeção das quartas feiras, mas trabalho tanto, chego em casa tão cansada, então: Não faço!



Será que eu gosto mesmo tanto assim?

Sua falta

Hoje pús meu melhor vestido.
Passei meu melhor perfume.
Coloquei o meu melhor colar.
Fiz o melhor penteado.
Em meus pés, calçei o meu melhor sapato.
Em meu corpo, o meu melhor hidratante.
Em meus lábios, o meu melhor batom.
Me servi do melhor vinho.
Mas após os fogos de artifício, percebi que o meu melhor homem, não estava ao meu lado, e chorei.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Obrigado pela a preferência, volte sempre

Você prefere o sim, o não ou o talvez?
Você prefere um amor puro ou uma paixão avalassadora?
Você prefere andar na moda ou ter seu próprio estilo?
Você prefere a ética ou o entrosamento?
Você prefere alguns poucos amigos ou a popularidade?
Você prefere fotografar ou ser fotografado?
Você prefere revidar ou levar desaforo para casa?
Você prefere os bastidores ou os holofotes?
Você prefere ter uma boa reputação ou muitas riquezas?
Você prefere ter inveja ou fazer melhor?
Você prefere o estável ou o gosto da aventura?
Você prefere loira (o) ou morena (o)?
Você prefere lembrar do passado, viver o presente ou planejar o futuro?
Você prefere o teu signo ou o teu ascendente?
Você prefere este livro ou aquele filme?
Você prefere construir pontes ou muros?
Você prefere beijar e abraçar ou expor e absorver idéias?
Você prefere o Rock, o Samba, o Sertanejo, o Eletrônico ou o Jazz?
Você prefere a Coca-Cola ou a Pinga Pura?
Você prefere ir até o fim e quebrar a cara, ou desistir na primeira oportunidade?
Você prefere dar vazão aos sentidos ou ser um puritano-moralista?


"Aguente as consequências do que acha que te faz melhor." (Dead Fish)

Hoje estou feliz

Hoje estou feliz.
Em 24 horas fumei apenas três cigarros e tomei apenas uma garrafa de vinho, sozinha e trancada no meu quarto.
Hoje estou feliz.
Reavaliei alguns sentimentos e conclui que o melhor é não tê-los.
Hoje estou feliz.
Consegui um pouco de inspiração graças à uma conversa polida e sensível com um amigo de Berlin. Inspiração, esta, que outras conversas minaram.
Hoje estou feliz.
Não silenciei às afrontas e minha palavra foi certeira.
Hoje estou feliz.
Por que vi que só sabemos qual é a intensidade da chuva quando estamos embaixo dela, e não me pareçeu assim tão assustadora, quanto eu pensava.
Hoje estou feliz.
Por que finalmente meu cabelo está macio e com brilho (será que eu acreditei naquela propoganda?)
Hoje estou feliz.
Por que senti aquela pontinha de esperança e o medo se tornou menor (embora ele ainda me assombre)
Hoje estou feliz.
Por que após uma boa faxina em minha gaveta, reencontrei algumas bugigangas de valor sentimental, mas que permaneçem sem utilidade e voltaram para a gaveta.
Hoje estou feliz.
Por emagreçi mais algumas gramas, comendo bem.
Hoje estou feliz...
...e fica a dúvida: Quando voltarei a me sentir assim?