terça-feira, 29 de junho de 2010

Resumo épico: -304 - 20 - 3 andar: Terror!

Descobertas em nove dias de internação!

Preciso desabafar:

Descobri que vovózinhas podem ser desafiadoras quando não tem seus bumbums higienizados com pomadas e fraldas geriatricas macias e confortáveis.

Descobri que amor à profissão e competência não estão assim tão interligados como de praxe ética deveria ser.

Descobri que uma gota a mais de Birotec pode me deixar Hããr, enervante!

Descobri que não importa quão boa seja a sua intenção em querer o bem estar de outrem, você pode acabar sendo incoveniente em algum momento ou mal interpretado.

Descobri que simpatia de giz é um saco, mas muito necessária.

Descobri que tudo fica mais estridente, volumoso e maximizado quando estamos fora do nosso habitat natural (ou superficial...) Temos pressa e a ansiedade nos reveste em uma capsula sufocante que pareçe expremer rapidamente.

Descobri que da janela de um terçeiro andar de um hospital posso ver o nascer do sol entre árvores mais lindo e encarar isso como um presságio de coisas boas...

Descobri que revistas de fofoca são amedrontadoras em qualquer situação, mas lidas neste ângulo pareçem ter mais exclamações do que se pode observar...

Descobri que ver seu próprio nome em sua pulseira de identificação repetidas vezes, pode confundi-lo sobre a sua verdadeira identidade (complexo?? ) ou sobre a visão que os outros tem sobre você (complexo??)

Descobri que há (e não são poucos!) os que cogitam insistentemente artimanhas de se manterem dentro de um quarto quente, confortável, com boa comida à disposição... Por que fariam diferente, se os mesmos não tem perspectiva de vida aqui fora? Não encontrei ainda uma resposta convincente...

Descobri que pensamos muito (muito mesmo, sem querer pensar...) em nossa infância, em nossos pais... Pensamos em pessoas que gostaríamos de ver e outras que não valeria nenhum pouco a pena...

Descobri que aguento mais picadas do que eu mesmo presumia (até o momento deste escrito, contei 23 furos de agulhinhas e agulhonas!)

Descobri que posso estar enferma fisicamente, mas sempre terá aquele (a) que irá me olhar fixamente, pensando : Ela beira á insanidade, corro agora ou depois? E que três olhares desses por dia podem sim, me tornar louca!





To be continued...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ao meu amor do passado

Gostaria ao menos de saber o nome do seu pai. Hoje não tenho mais interesse na herança que ele vai deixar para você... rs
Hoje reli todas as suas cartas, aquelas com correção ortográfica do word e também a única escrita a punho (que me soa mais pessoal).
Imediatamente, quis lembrar dos seus traços e suas feições. Correndo me dirigi a gaveta e desembrulhei suas fotos, alinhadas e cuidadas.
Não chorei mais...
Fitei seus olhos e como em transe os vi saltar para fora do papel e se nivelar à altura dos meus e exercerem o mesmo ímpeto e calafrio de todos os dias, até o último.
Te vi ali sentado ao pé da cama, no colchão estreito de lençol rosa.
Você, com o mesmo perfume (talvez uma mera preferência...)
Pensei então no que dizer: Oi, tudo bem? Quanto tempo, como está sua mãe?? (O grande cinismo das relações humanas). Não, eu não seria tão hipócrita e imprevisível.
Eu poderia ser estável e cantar para você:

Self professed... profound
Till the chips were down
...know you're a gambling man
Love is a losing hand


Though I'm rather blind
Love is a fate resigned
Memories mar my mind
Love is a fate resigned


Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

E no final da canção, você suspiraria, um daqueles suspiros entendiados por perceber que ainda sou tão a mesma,com o mesmo olhar e sardas. Não há mesmo mais novidades...

Com serenidade, volto a realidade que não deletou de mim você, a lembrança das suas mãos, do "girl" tantas vezes pronunciados.

Um amor que mesmo hoje não morreu e implora que assim permaneça.

Entrevista (Admite-se)

Você já machucou alguém?
Ontem, hoje, sei lá quando! Já machucou?
A pontinha do dedo até um pescoço degolado?
Já foi oleoso? Escorregadio? Persuasivo? Obstinado? Traidor?
Já foi cruel, já riu da desgraça alheia? Mentiu quantas vezes?
Já roncou perto de alguém?
Defecou?
Já matou um coração?


Sim??

Coloque seu nome na lista e assine com uma rúbrica.


Obrigado.

domingo, 6 de junho de 2010

Tudo o que você quer ser*

Alise seu cabelo e bronzeie a sua pele.
Siliconize o seus seios e faça suas unhas.
Use cremes anti rugas e clareador dental.
Amacie seus pés/mãos e tenha marca de biquini.
Ande sempre na moda e tenha ankle boot em seu armário.
Prefira o shooping ao invés do bar.
Beba suco de clorofila e coma pão integral.
Use saia e cruze as pernas.
Sorria e seja sempre cordial.
Elimine a flacidez/celulite/estrias e passe aquele batom.
Não esqueça do espartilho e do blush.

E para ser eternamente inesqueçível: Morra de overdose acidental.

Queridas idiotas!

Insônia

5:23 exatos da manhã.
Olhos arregalados. Nada induzido ou proposital. Apenas arregalados (não que o 'apenas' minimize o grau da dilatação).
Viro-me para o lado direito, mas logo percebo que o tic tac do despertador em cima do criado mudo me azucrina ao ponto de me fazer querer atirá-lo contra a parede, mas isso requereria muito esforço e energia.
Que fantástico, há ainda o lado esquerdo, mas lembro-me da pequena contusão em meu joelho e do curativo que milindroso se esfarelaria com uma arrasto mais confortável.
De bruço? Não, falta o ar.
De barriga para cima? Não, me lembra defunto.
Solto então um PORRA, uma porra raivosa e impaçiente, seguida de um soquinho no travesseiro.
Respiro e do que lembro? Tchã rã rã ra...
Dos Carneiros! Sim, aqueles que lentamente pulam cercas envernizadas de branco, onde ao fundo há um céu azul (roxo que não seria...) e uma grama verdinha (haveria possibilidade de ser amarela? Sim, caso fosse trigos..)
Urgh, definitivamente a cena carinhosa de carneirinhos, cerquinhas e afins não combinava com a brutalidade dos meus pensamentos, que a essa altura já envolvia tortura, assassinato e esquartejamento...
Pensei então nos bois para pular a cerca... Agora sim, um bicho forte, com cara de mal, uma cerca com arames farpados.
Isso, todos enfilerados.
E pula o primeiro. Olha que sucesso!
O segundo , o terceiro...
Estou agora no boi 969. Oops, o que aconteçeu? Ele caiu e quebrou o dente!
Pergunto-lhe como se sente. Com uma bufada, ele responde que não pode ir ao curral naquelas condições, se apresentar à Vaca Nova*. Curiosa indago sobre tal senhora e ele explica que Vaca Nova, é a vaca (obviamente!) que substituirá a Vaca Antiga*, já que esta não apresentava nenhuma serventia e não via nela mais novidade (afinal já conheçia cada uma de suas tetas).
Dei-lhe uma bronca e ordenei (sim, ele está em minha cabeça, então tenho o direito de ordená-lo, oras!) que voltasse imediatamente para a sua Vaca Antiga, que apesar dele pensar que ela não está assim tão bela ou sexy, ela será a única vaca, que aceitará um boi banguelo.
E continuo com a contagem...
Oi sol?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Amigo é dinheiro no bolso

... gosto e quanto mais, melhor!