sexta-feira, 5 de março de 2010

Salva de Palmas

Minha salva de palmas à você que não se deixa pressionar, que faz sexo seguro, que põe Deus no centro do seu universo.
A você que gosta de uma boa música, que tem controle sobre os sentimentos, que não se apega ao passado. À você que tem foco e não desvia o olhar dele, que saber ser compreensivo sem ser otário, que tem dinheiro e bens mas não põe aí o seu coração. À você que vive intensamente, mas sempre se lembra das consequências, que cultiva boas amizades (mesmo que esse amigo não seja tão bom socialmente..), que sabe a hora de parar.

Minha salva de palmas à você que é um bom filho, um bom funcionário, um bom esposo (a). À você que sabe ser discreto, que não admite ser censurado por seus defeitos mas que sabe que precisa mudá-los e esforça-se para isso, a você que não é hipócrita. Que encontrou na Arte (escrita, falada, dançada, fotografada, desenhada...) uma verdadeira porta de escape.
A você que é socíavel, mas não influenciado.
À você que sabe ser ético, franco e compromissado.
À você que não vive de aparências, que não trai, que não mente, que não abandona.
À você que é inteligente, não escreve errado e tem um bom papo.

Minha salva de palmas à você que deixa sua marca por onde quer que passa, à você que não se faz de coitado (a) e que não deixa seu ego inflar, à você que sabe se fazer respeitar, que não é entediante.

À você que sabe encantar sem grande esforço, minha sincera salva de palmas.

O menestrel: Ao meu mestre


Quando a vi, ela estava bela, voava toda alegre. Fiquei observando-a e achei graça nessa coisinha pequena e frágil.
Ela já cansadinha pousou em uma pedra empoeirada e daí surgiu minha idéia: capturá-la em minha primeira oportunidade. Me aproximei lentamente, mas quando percebeu-me voou para o outro lado da árvore.
Que temperamental!
Antes que minha segunda tentativa fosse sucedida, ela voou novamente... Pude perceber o risinho irônico que ela lançou-me! Era como se dissesse: Pensou que era fácil né?
Ela não foi para muito longe. Como que para provocar, pousou em uma folha verde e viva. E ficou ali imóvel.
Dissimulei e com os passos lentos e calculados fui andando em sua direção. Se não fosse meu próprio corpo, nem eu teria notado minha presença.
Esse momento exigia cautela. Um movimento mais brusco, colacaria minha úlitma tentativa à falência. Afinal aprendi que borboletas são delicadas e se assustam com qualquer coisinha.
Aproximei minha mão bem devagar: com o dedo indicador e o polegar, prendi seu par de asas!
-- Quieta, borboletinha, quieta!
Ela se debatia, esperniava...
Fixei meus olhos nos dela! Estavam tristes, lacrimejantes e assim ficaram os meus também.
Fiquei ali, hipnotizada!
Que asas lindas, um infinito de cores!
Eu a segurava forte, tinha medo que ela fugisse, fosse embora... Eu não a perderia!
Bom, agora era a hora, mas como?
Ela não mereçia, não havia feito-me mal! Mas dane-se!
Ascendi meu cigarro e soltei a fumaça na direção do seu narizinho pequeno e arrebitado. Tive a impressão de vê-la tossir.
Suas perninhas magrelas começaram a se mover em uma rapidez assustadora e eu a sufocava mais com a fumaça densa.
--Falta pouco, falta pouco!
Ela se aquietou e suas antenas tombaram levemente para o lado. Senti pena! Raiva daquele meu gesto tão nojento.
Um vento gelado soprou: ela abriu os olhos e me olhou com ódio fulminante, injetados de fúria.
Batia suas asas inferiores, batia as pernas, as antenas... Ela lutava pela a vida!
-- Agora chega!
Com a brasa do meu cigarro, desfigurei seu rosto e todo o corpo, apenas não ousei queimas suas asas, que pareçiam um quadro leiloado.
Mas ela não se entregava, permanecia ali desesperada. E minha paciência se esgotando.
Sempre tive a certeza que caçar borboletas era difícil, mas não imaginei que para matá-la valia o mesmo critério.
Fui para a cozinha, abri a torneira e a meti embaixo d'água.
Deitei-a na pia. Ela estava molhada, cansada, agonizando...
Última etapa: Joguei-a dentro de uma redoma de vidro. A deixei no centro da mesa, sentei-me na cadeira e assim permaneçi, mirando meu alvo.
Seu último movimento cessou-se aos 27 minutos exatos.
Pronto, estava feito!
Este era meu triunfo! Finalmente havia entrado para a lista sublime dos 'assassinos de borboletas'.
Mas meu sucesso não deve-se somente ao meu ato, mas também ao meu mestre. Ele me ensinou todas as minunciosas táticas, artimanhas deliberadas e por fim a esplêndida arte de matar uma borboleta!

Obrigado mestre!

Aí está ela, anexada a esta carta como prova de minha gratidão.
Dedico à você minha primeira Butterfly!
Linda, não?

Sonífero

Tatiana L. Nunes
22 anos
Leonina
Moro no extremo leste de SP (sinônimo de: Cuidado comigo! rs).
Nunca fui para a Disney ( e não tenho vontade..)
Meus melhores amigos são do sexo oposto
Sou filha única da minha mãe
Tenho paixão por fotos
Já chorei por amor
Sou antipática, questionadora e ética.
Tenho um fígado podre (que me rendeu duas internações.)
Detesto música eletrônica.
Já fui cruel algumas vezes
Odeio ter duas opções para decidir
Pessoas humildes ganham o meu respeito
Já me senti um cocô
Tenho três tatuagens
Não me interrompa quando estiver escrevendo
Quero trabalhar em um pub londrino
Meu coração simplesmente dispara em final de Reality Sow
Fiz três anos de canto lírico mas o alcóol e cigarro destruíram as cordinhas.
Minhas pernas são finas, meus seios invísiveis, mas amo minha bunda.
Não quero casar e ter filhos
Meu quarto ainda é rosa
Dou risada das besteiras que escrevia quando eu tinha quinze anos
Sou São Paulina e acho o Dagoberto uma graçinha
Adoro fazer inferninho em mulheres ciumentas
Esudo astrologia
Não me compadeço das desgraças alheias
Admiro mulheres inteligentes e bem resolvidas
Tenho pavor de multidão
Esou na onda do Jazz.





zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz !

GUERRA

Aquela gota transbordou o copo!
Gotas que viraram um oceano de intolerância, mágoa, desconfiança, ciúmes, impulsividade, falta de aceitação, motivação, admiração.
Cada um em seu mundinho fazendo graça para chamar a atenção um do outro.
O que interessava era ter sempre a razão, estar sempre e incondicionalmente certo e ser respeitado por isso! Legal!
Palavras cortantes quem nem daqui dez anos irão cicatrizar.
Desprezos, orgulho e insultações que fizeram de nós cúmplices!
Sim, estritos cúmplices em uma guerra interminável, onde o inimigo-mor era você e eu, um contra o outro.
Um duelo de competições estúpidas, argumentações para provar quem de fato era o melhor no que fazia ou no que pensava, ou os dois.
A sensação de querer vencer o tempo todo nos manteve nesta batalha onde (vejá só) NÃO HOUVE VENCEDOR!

E eu definitivamente machucada, cansei!

Encontre outra agora, para duelar com você!

terça-feira, 2 de março de 2010

Me diz

Não gostaria de me isolar das pessoas apenas por que algumas delas são entediantes, mas que graça teria se eu tivesse que sorrir para todas elas?

Não gostaria de perder aquilo que prezo, mas que graça teria o prazer do reencontro?

Não gostaria que o meu trabalho me cansasse tanto, mas que graça teria se eu não desse valor ao suor do meu cerébro?

Não gostaria de sentir fome, sede, dor.. mas que graça teria se o meu corpo não reagisse a tudo o que me lembre que de fato ainda estou viva?

Não gostaria de errar mas que graça teria se eu fosse sempre tão correta e previsível?

Não gostaria de sentir sua falta, mas que graça teria se você não fosse inesquecível?

Vintage

Eu saio à francesa de: onde tenha pessoas com egos inflados.
Eu ouço o chamado: da minha auto-confiança.
Em uma noite e meia eu faço: textos, bebo e durmo.
Alguém me abre os braços e eu: recuo.
Quem cola caquinhos do velho mundo é: gente com medo do novo.
O medo é uma coisa que: me impõe limites.
Coração tem coragem para: se trancar.
Eu faço greve de: presença.
Uma menina me ensina a: ser independente.
Eu digo ainda é: pouco (quero mais!)
Eu espero aconteçimentos quando: estou entediada.
Eu abro a porta para: idéias práticas e verdades.
Olho para o amanhã e vejo: Nada (é tudo desconheçido)
A gente faz um país: bagunçado.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sentidos

Tato: O tapete branco do apartamento da minha avó. É daqueles bem fofinhos que você prefere dormir nele do que na própria cama.

Visão: Fotos! Qualquer uma, sobre qualquer coisa.

Paladar: Mousse de Maracujá. Faço apologia à overdose desse doce.

Olfato: Glamour (Boticário)

Audição: No momento bandas femininas dos anos 60: The Shangri-las e The Ronettes (E sempre Amy Winehouse).