sábado, 8 de outubro de 2011

Absurdos da mídia

Há mistérios que minha vã filosofia não entende de jeito algum, apesar do esforço genuíno!
Explico-lhes:

Por que algumas mulheres posam nuas, desnundam seus orifícios, faltam expor seus úteros e simplesmente na coltetiva de imprensa, se recusam ou se limitam a responder ás perguntas por que elas julgam-nas constrangedoras. (?)

Acabei de assistir um filme onde uma das cenas mostra um carro atropelado por outro, e com três pessoas dentro dele. Duas delas estão desmaiadas, machucadas, feridas e ferradas e o terceiro integrante da tragédia, totalmente ileso. Ao perceber o estado dos azarados, berra: "Oh shit!!", e salta CORRENDO em direção ao orelhão mais próximo, que por sinal localiza-se na MESMA CALÇADA do aconteçido á 12 passos!! Ele nada ofegante (sério, nenhum pouco..) disca apenas UM número para contatar a emergência. Até compreendo que por não ter se ferido, ele pudesse correr, rodopiar, saltitar e dar piruetas, mas restam três dúvidas:
1- Por que em filme, orelhão (ou telefone público para os cultos, se bem que os cultos de verdade não usam telefones públicos...) e taxi's estão sempre ali, disponíveis, na "cara do gol"?
2- Por que apenas UM número, UM único dígito para a emergência? (Prático, não?!)
3- E será que mesmo sem dor ele não sentiu por 6 segundos um leve choque emocional e não precisou de mais 4 para se recuperar?
Que roterista/diretor insensível!

Ainda na sessão pipoca (sem manteiga, por favor!) me recordeir de um em que zumbis, apostavam um racha de moto com seus outros colegas zumbis-radicais-aventureiros e fica neste caso minha ingênua dúvida:
Por que eles usavam capacetes se já estavam mortos mesmo? Eu hein?!!

Mas algumas inúteis:
De quem foi a idéias "genial" de acoplar infinitamente, décadas após décadas, aquele microfone na jugular do Silvio Santos Quem Quer Dinheiro?
Quem afirmou para o Raul Gil que microfone dourado é charmoso e elegante? E por falar nele, por que ainda insiste em torturar criancinhas a bradarem: TELESPECTADOR E PINDAMONHANGADA!!! Até eu com oito anos cai nessa.E se você não consegue soletrar se sente deprimido e doente mental.

Outra: Por que o cabelo da Xuxa não cresce? O maior tamanho que teve, era aplique.
Tenha a suspeita de que ela é fã da Ana Maria Braga, ou da Lady Daiana.

A última: Você conheçe pessoalmente, algum parente, vizinho, amigo, seu que já tenha ganhado na Telesena? Eu não!

domingo, 2 de outubro de 2011

Desencontros

Ela sentiu seus joelhos doerem. Devia ser o salto.
Ela queria a esmola, ela poderia tapar o buraco. Ela tinha aptidão para ser a outra.
Que outra opção ela tinha por fim?

Ela queria ficar em paz, nem que fosse por dez minutos (seriam dez minutos dedicados apenas para ela.
Ela queria estar despreocupada, queria estar sem pressa , queria ver as pessoas silenciosamente, queria estar segura, queria não ter medo dos outros lá fora, ferozes lá fora. Queria também que o seu sorriso fosse aceito, fosse retribuído.

Era tudo (ou nada) que pensava enquanto caminhava naquela noite pelas as calçadas de uma rua famosa por sua boemia. As vozes que saiam dos bares a ensurdeciam e pareciam querer ocupar espaço exclusivo na mente confusa dela.

Não quis usar o elevador. Foi de escada. A cada degrau uma nova disritmia.
Ela estava bem. Ela estava sóbria.
Desprentensiosamente , tocou a campainha. Serena esboçou um sorriso travesso, quase imperceptível. Na terceira vez , uma gota atrevida ameaçou cumprimentá-la naquele instante, mas não foi aceita.

Instalou-se o silêncio da pesca.

Ele estava ausente. Não muito diferente de quando estavam juntos corporalmente.

Com um conselho cético, a mal-amada razão a puxou bruscamente de volta e berrou: "Esqueça-o! Vá embora!"
Ela a ouviu. Que outra opção ela tinha por fim?

Sentiu a extrema vontade de ganhar um abraço, daqueles longos, quentes, ingênuos e compensadores.
Sabia que não teria para ela um prato de lentilhas, então optou por quatro doses de Martini de maça. Que outra opção tinha ela por fim?

Dormiu na casa da melhor amiga, após ter lhe contado brevemente o caso.

Naquela mesma noite, ele também tocou a campainha. Naquela mesma noite ela também estava ausente. Naquela mesma noite os dois tomaram um porre. Naquela mesma noite ambos ouviram a voz da razão.

Não se viram nunca mais.