sexta-feira, 8 de abril de 2011

Declaração

O meu melhor é você.
Meu sorriso mais sincero é teu.
Minha loucura exacerbada é para que você me cure dela (mas não totalmente).
Meu olhar por vezes confuso, busca no teu a segurança concedida à nobres de espiríto.
Meu beijo adora a intensidade da tua língua.
Minha mãos inquietas procuram em tua nuca, alguma gota de suor.
Meu coração? Você já sabe: Te ama, te espera e te quer para sempre!

FOGO

Quem quer ficar perto do fogo, põe o dedo aqui!


[Só não pergunte onde...)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mobília

Não vou mais jogar.
A porta vai voltar a se fechar eu não vou atendê-la mais.
Meu coração terá lágrimas ausentes.
Vou colher batatas.
Vou dublar um pop star.
Usar chápeu de palha e cesto de vime.
Bocejar na rede e plantar agulhas em minhas veias.
Comer carniça e beber coca-cola.
Vou roer as unhas e colorir a dos pés.
Vou ficar sozinha e enjoar do ócio.
Envenizar alguma mobília velha e deixar o lilás simpático de lado.
Não vou querer saber do francês clichê, das argolas nas orelhas (ou nos anelares...)
Vou deixar os conceitos de Egrégora e mapa astral.
As músicas ressonantes e melancólicas serão excluídas, assim como fotos e cartas.
Propagações, polêmicas e insinuações voltarão ao seu posto.
Salários, divídas e saldos, vou deixar enraizados.
Aquele trono e aquela coroa não terá mais utilidade.
Aniversários ou bodas não serão por mim comemorados.
E no fim da lida, não sei o que espera.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Se resume

Eu sou a maldade que te fez bem.
Eu sou o vinho doce que entranhou em tua língua amarga.
Eu sou a má influência que te arrancou sorrisos.
Eu sou a chuva que molhou teus cílios e se misturaram com tuas lágrimas.
Eu sou o corpo com dores que te afagaram.
Eu sou o perigo que se alojou em tua cama.
eu sou a insone que buscou em teu peito um calor semelhante àquele.
Eu sou a de pele rosada que se ruborizou ainda mais com aquele canto.
Eu sou aquela que pôs desordem na ordem da tua rotina.
Eu sou aquela menina que te fez enxergar tua idade relativa.
Eu sou a que você sempre quis prender, mas não conseguiu.
Quem diria, não?!

Sem fugir

Segurar tua mão, entrelaçar nossos dedos e não largar mais.
Ver no teu sorriso um futuro bom, cheio de complexidades e qualidades conjuntas.
E realmente, eu não procurava.
Nem sonhava que seria você.
Mas tem sentido. São sensações que fazemos viver.
Nenhum de nós fugiu desse contato da alma, nenhum de nós procurou esse contato.
E nosso silêncio se torna inflamável, apenas por que nos olhamos nos olhos.
É um gostar com fogo e a hipocrísia não encontra em nossos rostos espaço para a máscara mais colorida e impassível.
Minhas reflexões são exatas e por isso mesmo não ouso interrompê-las, nem insistir em explicações.
Eu entendi o sinal e o valor desse desejo quem mais pode compreedê-lo?