segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tchum: o cara!

Hoje voltando da aula e conversando com uma amiga loira (não que a cor de seus fios, tenham alguma importância, vejam bem.!), ela emitiu de seus "quatro quilos de beiço", um: "E eu nem tchum!".
Se eu fosse portuguesa pensaria que tal expressão tratava-se de uma gíria de indíos, se eu fosse negra, uma gíria de brancos...
Imediatamente, inferi uma indagação auto-mental: Quem é o tchum, para que serve o tchum, onde o tchum mora, bebemos ou comemos o tchum, o tchum era de que nacionalidade?
Bom, não encontrei nenhum resposta cábivel, para tal dúvida (na verdade, nem as inadequadas apareçeram...), mas de duas coisas eu tive absoluta certeza: O Tchum se deixa usar com facilidade e é bem popular nas rodas informais.
Ele é o cara!

sábado, 24 de setembro de 2011

Quem souber responder, por favor...

Por que as mulheres sangram cinco dias sem trégua, incansáveis cinco dias, um mar de sangue e não morrem?
Qual é o real sentido de "talvez eu vá, talvez não"?
Por que o Samuel Rosa e o Serginho Groisman se pareçem tanto se não são parentes?
Por que nos atraímos pelos os nossos opostos, mas nem sempre estamos dispostos?
Por que sobrenome e d.n.a não determinam de fato o amor?
Para que serve mesmo o cateto e a hipotenuza?
Qual é a outra utilidade do coco ralado, além de entranhar no meio dos dentes
Por que me servem o couvert se no final terei que pagar pelo o "agrado"?
Por que os segredos são descobertos, se são segredos?
Por que o Zeca Pagodinho canta samba,e o Exaltasamba canta pagode?
Gordura localizada é por que não localizaram as outras?
E por fim a pergunta que nunca foi respondida com exatidão: Por que que o céu é azul?

Sem erro

O importante na verdade não é exatamente a lembrança das coisas: das pessoas, dos sorrisos, das fotos, das cartas, do trabalho, das músicas, dos lugares, dos cheiros, das paisagens, das conversas, do gosto...
A maior e mais nobre importância está em como fazer com que essas boas lembranças se repitam, seja com as mesmas pessoas ou nos mesmos lugares. Vele até experimentar novos cheiros, novas conversas, novas pessoas. Há crime nisto?
Pode até pareçer sacana, essa substituição, então prefiro o termo "alçar novos ares", sair do lugar-comum, agregar dentro do todo novos e vários elementos. Fazer a junção da percepção, criatividade, empenho, discernimento, sabedoria, flexibilidade, expansividade e leveza. É como receita de mousse, não tem erro.
Mas se houver, vale uma pitadinha de improviso. Depois divida em porções generosas;
Agrada a todos. Pode apostar.

Vamos brincar de "eu mando em você"?

Hoje eu caminhava a pé (e andar a pé não trata-se de gosto, opção ou manter o corpo ativo e saudável.) e observei uma garotinha magra, com friz nos cabelos armados e queimados de sol e eu ressecado excremento nasal no lado direito, se você preferir o termo catarro, fica a seu gosto.
Minhas lentes de contato estão me fazendo a contra gosto, captar cenas horrendas, mas tem corrigido parcialmente minha miopia.
Voltando: ela contava com vigor: 66,67,68,69,70,71,72,73... e como bem sabemos essa é uma das regras do esconde-esconde. Imediatamente de forma curiosa pensei até onde iria aquela contagem... No 100? E se fosse, seus amiguinhos teriam tempo suficiente para se esconderem no Canadá ou na Suíça, se quisessem. Ainda pensando nos amiguinhos da garota, julguei-os admiravelmente por sua sagacidade mirim. Eles a manipularam a auto grudar-se no poste da rua, a contar um centena alternanando com cinco vírgulas e um respiro e o pior: fizeram-na acreditar que aquilo era divertido.
É como doar pão duro e água quente ao famintos.
Após virar a esquina dei uma última olhadinha para trás e pude vê-la correndo de pés descalços atrás dos fujitivos escondidos. Onde estariam?
E lembrei de outra regra do jogo: Caso ela não os encontrassem, seria rotulada de "café com leite". Coitadinha.
Mas é assim na infância.
E logo piora.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ao mestre (moreno-meia-luz)

Quero que a voz do outro lado da linha seja a tua.
Quero nossos olhares furtivos cruzados.
Quero a pressa em saber se vou te esperar (e me corroer com a dúvida).
Quero morrer de ciúmes ao te ver na sala ao lado.
Quero a tua carona.
Quero tuas mensagens no meu celular.
Quero deixar por dez minutos todos escrupúlo de lado.
Queri nosso sigilo combinado.
Quero aprender mais sobre o seu time estranho.
Quero dar auela fugida...
Quero fingir não estar nem aí pra tua presença.
Quero tuas respostas certeiras para as minhas perguntas capiciosas.
Quero minha melhor nota no teu diário.
Quero me espantar com as coincidências e nossos signos de fogo.
Quero te desviar dos teus compromissos inadiáveis.
Quero o banco de trás do teu carro (como se sentir de novo cim quinze anos e gostar disso).
Quero te encontrar por acaso nas escadas.
Quero te ver a meia-luz.
Quero ansiar por aquele dia da semana.
Quero retribuir favores de "galhos quebrados".
Quero somar os números e rir do resultado da soma.

Quero oontinuar boba assim de propósito até quando eu perceber que não vale a pena continuar...
Nas por tempo determinado continuar querendo você.

Sem sentido

É como se não houvesse melodia na música.
Alegria no palhaço.
Cores na bandeira.
Granulado no brigadeiro.
Números na algebra.
Frio no inverno.
Mar na praia.

É como se o Brasil ainda fosse tetra.
É como se o Arnaldo Antunes tivesse a voz do Anderson Silva e o Jô Soares a inteligência da Sabrina Sato,

É assim: Não tem sentido, nós dois longe.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Frigidez Sentimental

O meu desinteresse pelo o âmbito amoroso têm ao longo de longos dias me condenado à olhares de reprovação e outros arregalados de indagação.
Não há em mim um traço esnobe, juro: amo meus pais, minhas cadelas, a Amy, minha amiga confidente, o Jô Soares. Mas coleciono poucos amigos, pelo o complexo fato de me enojar com línguas entrelaçadas, salivas trocadas, casamento, ligações ou torpedos na madrugada. Eles detestam isso em mim!
Óbvio e evidente que há sim um prazer num flerte ligeiro, mas apenas isso, no ligeiro. Acredito que seres sociais, alguns de pouco leitura (com excessão da Fátima Bernardes e Willian Bonner), procuram alternativas para se auto realizarem a custa das idéias e ambições do partner e isso me pareçe de cárater inculto.
Tenho uma profunda satisfação em preservar intacta minha frigidez sentimental e continuar preferindo que o único liquido viscoso que adentre minha boca seja o creme dental.
Não se espantem leitores, se pareço não pertencer a este mundo. Não sou lésbica, mal-amada, fresca. Apenas me sinto confortável e opto por isso.
Não pretendo agregar adeptos, mas honestamente gostaria de me deparar com indíviduos que compartilhassem dessa "defesa à geladeira", só por que temos mais o que fazer. Só por isso.

A bela adormecida (para sempre)

Ela não daria o tiro no pé.
Ficou imóvel pouco mais do que quarenta minutos ao lado do criado mudo, que aparava apenas um velho abajour e uma garrafa de vinho seco ruim já no final.
Era noite, estava frio e gotas serenas deslizavam pela a vidraça da janela enferrujada.
Ela permanecia petrificada, com as unhas sujas disfarçadas com um esmalte vermelho descascado e observava as pessoas que zanzavam lá em baixo na rua. Passava-lhe na mente o quanto podia ser engraçado e amedrontador (como aqueles cinemas-mudos, em preto e branco), vê-los e não ser vista, mas que era muito mais, o inverso.
Sorveu um último gole, deu um ligeiro afago em seu gato Blake, pegou seu casaco...O salto agulha lhe deixava desconfortável, mas era necessário estar à caráter: Olhos pintados de negro, lábios carmim e uma cinta-liga sob o sobretudo.
Olhou uma última vez em seu relógio no pulso direito.
Abriu a porta, desceu as escadas com a visão um pouco turva (devia ser o vinho) e antes que terminasse os últimos degraus, foi assassinada com um tiro na virilha e outro central no pericárdio.
Morreu bela.