domingo, 27 de setembro de 2009

Coisas que eu não te disse (nem vou dizer)

Era honestidade que você queria?
Bastava ter me dito!
Não que eu tenha mentido ou representado o tempo todo, mas posso confessar que nem todos os sorrisos eram sinceros... Eu simplesmente odiava ter que andar de mãos dadas com você...
Teu mundinho já não era nenhuma novidade e o teu cabelo é realmente muito feio.
o álcool de todas as garrafas compensaram os dias entediantes, mas quando elas secaram eu não pude mais aguentar teu jeito ptético.
Seria crueldade se eu dissesse tudo isso na sua cara ?

Fica pra próxima então

Nossos olhares se moveram em direção contrária.
Nos parecia impossível mirar o fundo da alma...
Um sorriso tímido no canto dos lábios denunciou que estavámos felizes em nos reencontrar.
A tentativa de achar um assunto descontraído se frustou, mas logo encontramos a conjunção das idéias: Vamos para o bar? ( e pude ouvir alguns anjinhos dizendo " Amém!")
Em segundos nossos copos secavam-se.
Estavámos com sede (...)
Você desenhou meu olho. O que viu nele?
(...) Está tarde vamos embora?!
- Alô, mãe?
De esquina em esquina, mais alguns goles.!
E o meu soluço? (rs)
E em seguida alguns poucos flashes!
Perdemos (eu por isso, você por aquilo).

Não recomendado à jovens inteligentes

Anesteziados: Voltavámos a ser crianças.
Entrávamos em um pequeno e colorido mundo (mundo nosso).

Nos sentíamos livres para rir um do outro, para nos salvar de incêndios, para servir suco em caneca, para pirar nas músicas, para imaginar que as luzes traíam, para xingar nosso chefe... Para tantas outras coisas (...)

Singulares e indíviduais desejavámos boa noite e íamos dormir.

Mulher Rendeira

Eu tenho aquela carta na manga

No meu ponto eu já dei um nó (...)

Apenas

Tuas mãos reconheceram minha pele arrepiada.
Seus lábios roçaram meu pescoço com a suavidade e delicadeza de um beija flor.
Meu vestido deslizou por si só e você apenas disse: Branca!
E eu apenas disse: Tuas mãos em minhas costas...
A proximidade de nossos corpos foi lenta... Tornaram-se um só corpo e uma só carne...
E deliciaram-se por assim estar.
Encaramo-nos firmemente: Fato consumado!
Me vesti e fui embora deixando apenas um bilhete: Obrigado... Até outro dia em Paris.!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Eu te amo (Yeah Daddy's)

Conversamos hoje...
Percebi o quanto somos parecidos nos trejeitos.
Você contando suas vitórias virtuais e eu da minha melancolica terapia.
Havia tempo que eu não ouvia um elogio tão sincero, seguido de um pejorativo acentuado aos " outros" que não aplicavam tal prática à " uma moça tão bonita" .
Você me chamou de puxa saco e lamentou não ter sido bom o suficiente para mim.
Apenas o chamei de ausente.
Combinamos uma rodada de cerveja (por sua conta) e nos despedimos com um " Eu te amo! "

sábado, 19 de setembro de 2009

Fim de jogo

Essa foi a sua última cartada.
E parabéns: Você venceu!
Roubou em um jogo que desde o início já era sujo.
Quando me disseram eu simplesmente desabei.
Nunca quis acreditar nas evidências.
Eu acreditei em você, até quando mentia.
Você irá perceber por si só que as coisas não são bem assim.
"Nem tudo que reluz é ouro!"
Divirta-se!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quando a gente se ver por aí

Você vai me encontrar refeita, do jeito que eu era quando te conheçi, do jeito que você prometeu me deixar antes de sumir.

Deixa estar, por que eu sei dar conta de todas as ironias, mentiras mal contadas e promessas não cumpridas.

Agradeça pelo o meu coração dramático e rancoroso! Ele te amou...

Música

Odeio as da moda
Enjôo das que eu seleciono para ouvir
Choro com aquela que me lembra você
Copio a que tem uma letra inteligente
Atento para o contra baixo
Aumento o volume do tango
Dublo a Back to Black
Bebo ao ouvir um Jazz
Ensaio os dedilhados do violão no antebraço

Mas música mesmo é a junção do meu riso com o teu (meus ouvidos aplaudem...)

Nem que queiram

Eu sei o que dizem e entendo perfeitamente.
Se resume nisso: Agressiva, chapada e com uma bruta queda à transtornos alimentares.
Iminência!
Gosto de gente inocente e os humildes ganham o meu respeito. Mas entrei de cabeça nessa corja de cínicos-moralistas-que-me-vêem-como-alvo-só-porque-eu-me-exponho!
Grief, oh shit!
Mas não vou ampliar a voz do imbecil!
Mas vou continuar com o meu Show!

Ensaio

Agora achei meu refúgio, meu alíbi, meu escape... e misturo com coca-cola!
Já que não tenho o chão da cozinha para chorar, fico largada no tapete ao lado da cama...
Fossa? Total e tá fedendo!
Talvez até ao final da semana eu termine com este dilema, talvez inicie a próxima com outro...
Cheguei ao ponto de me esqueçer que gosto tem a água, mas lembro dos seus dedos dos pés e procuro saber por onde eles estão pisando agora (em Marte, eu sei)
Quem me vê assim acha que eu me entreguei, mas este é apenas o ensaio.

Serenidade

... e mais nada!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Com esforço: eu lembrei

Eu estava um tanto superficial (confesso)
Conversamos rapidamente sobre as coisas que você mais gosta
Tentei pareçer interessada, mas o tédio me fez bocejar (você nem percebeu)
Eu estava com pressa
Um abraço e nos despedimos
Quando me virei para ir embora, você pegou em minha mão e um toque quente deslizou pelos os meus dedos.
Fui embora!
Foram dois segundos. Foi enterno...
Dois anos se passaram e ainda hoje, nenhum toque como aquele.

(Eu sei, você nem sabe disso : Eu fantaz -iei!)

Ser eu

Não quero ser peito, perna, nem bunda
Quero ser eu
Eu: o que sou, o que sinto, o que digo, o que ouço, o que penso... Pele e osso!
Ser o que já sou!
Apenas eu e estar feliz por ser assim.

Perdi você

Perdi você que veio para o meu mundo
Perdi você que fez eu ser mais criança do que eu já era
Perdi você que chorou por mim
Perdi você que me pediu em casamento durante um ano inteiro
Perdi você que sempre teve ciúmes da minha cintura
Perdi você que tem a mãe mais chata do mundo
Perdi você que me deu os apelidos mais cafonas
Perdi você que nunca esqueçeu meu passado e as pessoas que ficaram com ele
Perdi você que sempre me pagou lanches
Perdi você que sempre me obrigava a ter fazer um carinho mesmo quando eu não tava com vontade
Perdi você, mas acho que quando a cerveja, o cigarro e a música acabarem, vou ter a certeza que foi melhor assim!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Músicas que falam por nós (às vezes não nos deixam falar...)

Hoje eu não tenho texto de mim, do meu âmago, do fundo do meu estragado fígado...
Hoje eu ouvi essa música e lembrei de você:


Digitais- Isabella Taviani

Eu tava aqui tentando não pensar no seu sorriso
Mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido
E te liguei
Me encontro tão ferida, mas te vejo ai também em carne viva
Será que não tem jeito?
Esse amor ainda nem nasceu direito, pra morrer assim.

Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
É que eu não posso mais
Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais
Eu não vou voltar atrás
Apague da cabeça o meu nome, telefone e endereço
Eu não vou, eu não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos

Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só
Me dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia: conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções
Então por que?

Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
É que eu não posso mais
Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais
Eu não vou voltar atrás
Apague da cabeça o meu nome, telefone e endereço
Eu não vou, não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos
Cheio de defeitos...

domingo, 13 de setembro de 2009

Era para descrever?

Você esperou que eu fosse embora, e aí caiu tua ficha!
Percebeu que eu era mais do que eu pareçia ser, mas não exatamente o que você queria que eu fosse...
Eu permanecia chorando, suplicando apenas a verdade e alguns brinquedos.
Voltei a viver no século passado, cruzando minhas pernas, pintando meus lábios, silenciando em público, não bebendo sozinha.
Você disse que não haveria mais surpresas, afinal quando um ano se passa, devemos aceitar e ruminar tudo que é ruim.
E o prêmio de melhor mentiroso, foi entregue a você por mim...
Vieram me dizer que a felicidade estava batendo e que não esperaria eu acordar para então abrir a porta. É, ela foi embora dando risada de mim...
Mas quando finalmente eu enlouqueci, você me quis para sempre!
Antes não era o fim ainda.... Dessa vez eu simplesmente não me importo mais.

domingo, 6 de setembro de 2009

Demônios *

Simplesmente eu precisava chegar perto dos meus demônios, dos meus pesadelos. Era importante lembrar das coisas. Era necessário enfrentá-las!
Eu estava com uma idéia bem fixa, bem certa, mas derrepente já não sabia se era tão certa e tão fixa mesmo...
Mas meu coração pedia silêncio, o silêncio dos mortos para atrair o peixe!
Será que os meus olhos denunciavam algo? Malditos!
Tudo ocorreu como o previsível: Diálogos repetitivos e mórbidos. Senti que meus sentimentos pareciam se evaporar. Fiquei com raiva, vontade de mandar tudo pro inferno!
Permanecemos com conversas amenas e o silêncio se fez permanente... Havia um riso de compaixão que me humilhava (*)
"Há coisas que aconteçem que não devemos discutir"
O que resta é ir para o chuveiro e deixar que água lave não só o corpo, mas os sentimentos mais dolorosos...
E fica esse algo que sempre corroe...

À ariana cheia de luz


Hoje fiquei sabendo que você não está mais entre nós...
E como de praxe, aquele filminho de flashes na cabeça!
Lembranças:

Lembrei da primeira vez que te vi: Foto 3X4 no criado mudo do meu primo. Que bonita! Eu pensei.

Lembrei quando você disse: Sou ariana.! E eu toda prepotente: Sou seu paraíso astral querida! É, combina. Você disse sorrindo.

Lembrei que não demorou muito, eu já lhe pedi um cigarro: Você fuma Hollywood? Eu gosto, dá um? (risos)

Lembrei que você sempre dizia que nenhuma mulher no mundo deveria descuidar de suas unhas! Eram elas as grandes responsáveis pelo toque de feminilidade.

Lembrei que você vivia insistindo para treinar em minha pele suas habilidades iniciantes de tatuadora (antes eu tivesse deixado...)

Lembrei que eu te chamava de Lagoa , parodiando seu sobrenome Rio.

Lembrei daquele porre que tomamos lá em Ferraz... As duas cambaleando sozinhas na volta...

Lembrei que do quanto suas mãos tremeram quando foi furar o piercing dos mamilos da Marcia. Você, definitivamente não passou segurança à sua amiga, que precisou fumar um maço e meio, antes de ver as argolas ultrapassadas... Eu aplaudi a coragem das duas...

Lembrei dos dez beijos diários que você dava nos gatos da dona Valdete!

Lembrei das vezes que choravámos... Você sabia que merecia algo melhor, mas não se movia...

Lembrei da última vez em que nos falamos, nosso último diálogo foi breve:

- E ae muié ?! (eu odiava quando você me chamava assim, mas nunca te disse... Queria que me chamasse mais...)
- Tudo bem Cá? O que cê tá fazendo?
- Cafuné no totó do meu namorado!
- Você gosta dele?
- Eu amo, Tati!
- Leão?
- Uhum!
- Cá, tem gente me chamando no portão, daqui a pouco eu te ligo!
- Tá bom, vai lá magrela!
- Beijo!

Eu teria eternizado todos os nossos momentos, não teria atendido o portão, teria te ligado de novo, e de novo, e de novo, e de novo, de novo....

E aquele leão que você amava a atacou ferozmente. Tirou tua vida! Tirou de nós a oportunidade de conviver mais com a tua luz, aquela mesma, única! Que só você teve e soube usar para irradiar calor...

E hoje, mesmo com dor, fico apenas com a tua voz, bem baixinho aqui no ouvido!

Descançe em paz, minha amiga!



(Tributo à Carina Rio - Encantadora de almas)

05 de Setembro de 2009.