quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ao meu amor do passado

Gostaria ao menos de saber o nome do seu pai. Hoje não tenho mais interesse na herança que ele vai deixar para você... rs
Hoje reli todas as suas cartas, aquelas com correção ortográfica do word e também a única escrita a punho (que me soa mais pessoal).
Imediatamente, quis lembrar dos seus traços e suas feições. Correndo me dirigi a gaveta e desembrulhei suas fotos, alinhadas e cuidadas.
Não chorei mais...
Fitei seus olhos e como em transe os vi saltar para fora do papel e se nivelar à altura dos meus e exercerem o mesmo ímpeto e calafrio de todos os dias, até o último.
Te vi ali sentado ao pé da cama, no colchão estreito de lençol rosa.
Você, com o mesmo perfume (talvez uma mera preferência...)
Pensei então no que dizer: Oi, tudo bem? Quanto tempo, como está sua mãe?? (O grande cinismo das relações humanas). Não, eu não seria tão hipócrita e imprevisível.
Eu poderia ser estável e cantar para você:

Self professed... profound
Till the chips were down
...know you're a gambling man
Love is a losing hand


Though I'm rather blind
Love is a fate resigned
Memories mar my mind
Love is a fate resigned


Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

E no final da canção, você suspiraria, um daqueles suspiros entendiados por perceber que ainda sou tão a mesma,com o mesmo olhar e sardas. Não há mesmo mais novidades...

Com serenidade, volto a realidade que não deletou de mim você, a lembrança das suas mãos, do "girl" tantas vezes pronunciados.

Um amor que mesmo hoje não morreu e implora que assim permaneça.

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