Estou trancafiada novamente dentro dessa cápsula insana que rotulam de hospital.
Novamente me perguntam se eu ando e como de prache respondo: Sim ando, gesticulo, bato palma e falo oi!!
De novo com um número de leito, vestida em camisolas gigantes e dormindo ao lado de velhas que roncam.
Mais uma vez em abstinência de nicotina, pela a primeira vez morfina na veia e um gosto amargo na garganta...
Pela a segunda vez, confundindo jalecos brancos e meus braços cravados por agulhas.
Os bichos do meu corpo agoram recebem nomes esquisitos, todos eles são sutís, discretos e estáveis... Mas todos eles juntos me comem...
Nessa nova etapa (lê-se "nova" e não "boa") recebi adjetivos técnicos que resumidos me forçam a acreditar que sou e/ou estou mesmo histriônica (mas manipular não é meu forte...)
Mas como sou jovem, vou me recuperar logo e não preciso de cuidados (Amém, né!)
Que o Deazepam, Aldol e Predizona existam sempre (Assim seja!)
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