domingo, 28 de junho de 2009

Iguais em desgraça

Agora estou me olhando no espelho, medindo meus ossos longos, examinando meu raquitícos membros de alto a baixo. Há um brilho opaco em minhas transparentes lentes verdes.
Tudo a nossa volta é uma bagunça: Livros, meias, latinhas, bitucas, fotos...
Será que eu devo deliniar meus olhos ou realçar meus lábios? , pergunto sem me referir a ninguém em específico..
Na ponta da cama, ela está jogada, brincando com a fumaça do cigarro e me pergunta como alguém soube sobre a noite passada... Faço uma breve pauta sobre a brincadeira do telefone sem fio..
São todos uns cuzões!! Ela braveja.
Imediatamente tomamos nosso remédio noturno, lutando para manter os olhos abertos. Solitárias tentando esticar a balada.
Coço furiosamente meu braço marcado por cortes e arranhões, enquanto vou flutuando até a cozinha limpa e organizada. --- Não tem cerveja!
Me faz uma massagem? Pressione meu rosto querida... Ela me ama.
Após uma hora, já estamos sentadas na calçada, munidas de vodka e cigarro de cravo.
Conversamos, rimos, observamos, calamos, cantamos um refrão perdido... Pronto! Ritual cumprido.
Agora a gente dorme de conchinha para no outro dia , ir trabalhar sem ressaca alguma.
Ela me acompanhará até o fim...

Obrigado amiga.

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