domingo, 28 de junho de 2009

Cenário

Só nós dois ali...
Ao ver meu nome em tua pele, pensei se qualquer outro homem no mundo se entregaria de braços e corpo aberto à uma mutilação, à um pacto, pura insanidade ou qualquer outra coisa que nem Mahabarata saberia explicar...Sorri ao concluir que se tinham ou não já não me importava, por que o meu tinha...
Senti um brilho nefasto em meu olhar... Aquelas quatro paredes era nosso pequeno e encantado mundo. Não precisávamos dar satisfações, explicações, dissimulações ou encarar olhares reprovadores...
Não precisávamos de platéia, nem de aplausos...
Virei-me de bruços.. Eu também queria teu codinome marcado em mim.. Capricho, fetiche ou apenas para mostrar que eu era dele e estava feliz em ser.
Diante de minhas costas, ele estremeçeu...
Quando dei por mim nosso sangue manchava os lencóis, escorria pelo os dedos... Nossos cortes eram desenho abstratos.
Evidências e denúncias de que ali estavam dois amantes movidos à impura paixão e até ela se rendeu ao nosso cenário...
O efeito do alcóol passsou e voltamos lentamente à realidade dos infelizes mortais...

Ele quer ser adulto.
Eu ainda viver...

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