quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Estive pensando

Às vezes ando por lugares que não gostaria de ter passado. Há dias vespertinos, que (sem querer) vejo seres natimortos, com seus mesmos semblantes intocáveis, anos após anos, e invariavelmente sempre acabo me perguntando, se são os os semblantes deles ou exatamente o meu que nunca mudou... Às vezes esqueço-me de nomes, de cheiros, de sabores, de beijos, de tapas, de risadas, de toques, de papos “cabeça”, de papos inúteis e besteiras inaladas, mas nunca das sensações que estes ou estas me ofereceram e são por e para elas, que em algum momento, me permito o direito (por cumprir tantos deveres), de não usar a roupa, o preciosismo ou a postura, digamos ética-moralista-puritana. Essa postura, não é adquirida, é herdada por osmose. A muito se diz que “Pensar, mata” e pensei a respeito. E me mantive intacta, me apegando mais às lembranças, que são abstratas, porém inalteráveis, mesmo quando estas são ruins, mas ainda assim, passa longe de ser “assassina”. Ás vezes me importo muito, ás vezes bem pouco, mas de uma maneira ou de outra, nunca me torno omissa sobre minhas próprias questões ou de outros (embora não ser omissa, não me tire totalmente a culpa de não ter as respostas para tantos porquês gerados). Com um risinho desprendido, rujo pensamento “cath on fire!!”, mas verbalmente não chego a nem me convencer perante ao espelho. Por vezes, cheguei a beira da insanidade sã, daquelas que ninguém vê, ninguém percebe, nem nós mesmos. Ás vezes tenho anseios... e acaba! Entedio-me muito fácil. Minha fadiga, embora seja física, não chega ao ponto de anestesiar minha mente maratônica, que corre em direção à largada. Ás vezes quero estar longe, mas sou enraizada e o desconhecido ainda me causa medo (embora hoje eu já tenha aprendido a ver sua face no escuro...). Eu ainda não enxergo, vantagem, prazer ou uma necessária estabilidade, mas acabei criando a minha involuntariamente, mas não há nesta inventada também alguma vantagem ou prazer. Ás vezes sinto saudades, mas é um sentimento tão igual e obsoleto, quanto a saudade que vira e mexe, eu sinto de um cachorrinho serelepe que peguei em uma doação... Hoje após alguns meses, já entendi que não eram as máscaras que me incomodava nas pessoas, e sim as pessoas. Simples: as máscaras sempre estarão ali petrificadas, já as pessoas não precisam estar, nem ali, nem petrificadas... E isso me fez ter uma analogia meio “Anne Frankie”... Será que Adolf, pensava mais sobre as máscaras, ou sobre os judeus? Seja lá no que ele pensava o pensar de fato mata!

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